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segunda-feira, 26 de setembro de 2016

EUROPOLITIQUE: Os quatro tipos de Imprensa (branca, negra, cor de rosa e amarela)


No ano de 1884, em que foi inventado o telégrafo, Soren Kierkegaard  publicou o seu livro “Conceito de Angústia”. Se as notícias passaram a circular muito mais rapidamente, com a Internet ainda mais. Mas à infinitude de notícias da imprensa escrita e audiovisual, e, também das “redes sociais”, que a Internet possibilita, juntou-se uma panóplia de angústias que preenche o ser humano:
Se Johannes Gutenberg marcou a imprensa escrita, por volta do ano 1439, Alexander Bell com a invenção do telégrafo eléctrico, em 1884, é o percursor da suprema mudança que é Internet.
Todavia, a esta pretensa ubiquidade, facilidade e rapidez de informação e comunicação, reaparece um espaço de angústia, que inunda, por vezes, o ser humano. Subitamente, irrompem as imagens em profusão:
A tela angústia .......A tela política......................A tela da violência
A tela horror .........A tela da opinião.......................A tela educativa
A tela musical.........A tela demagógica...................A tela medicinal
A tela estética..............A tela democrática............A tela informativa
A tela erótica.................A tela falaciosa.......................A tela lúdica
A tela pornográfica.......A tela do exibicionismo....A tela subliminar
A tela desportiva.........A tela publicitária....................A tela do ócio
A tela infantil........A tela do divertimento.............A tela da emoção
A tela do encontro.......A tela da passividade..........   A tela do sono
A tela do aborrecimento ......A tela do zapping........A tela do sonho.
 
Um conjunto de paletas coloridas, negras, alegres e tristes que inundam os ouvintes ou espectadores, no mundo da informação e comunicação.
Longe desta panóplia de factos e acontecimentos estava o filósofo dinamarquês, lutador e iniciador do existencialismo, no qual muitas existências navegam à procuram de um rumo, de um sentido, de uma existência, de um sonho, de um Deus, de um infinito dentro da sua finitude.
Juntamente com a imagem, a escrita, os factos, as notícias e os acontecimentos reaparecem quatro tipos de imprensa, para relembrar Gutenberg:
A imprensa “branca”, embora escrita com letra preta, pretende relatar a realidade dos factos com credibilidade, profissionalismo, exactidão e verdade. Que, sem “imprimatur” luta pela sua credibilidade e se afirma como quarto poder.
Nela se procuram afirmar os “jornais de marca”, ao profissionais do jornalismo e os escritores, e, os homens de bom senso. .
A imprensa “negra”, baseada na chamada “crónica negra”, que explora as profundezas da criminalidade difusa, oculta ou manifesta, despertando uma certa morbidez e encanto nos seus leitores.Nela mergulham os ávidos do crime, da injúria e da miséria do ser humano, que se alastra com uma espécie de “lei da vida”.
A imprensa “cor de rosa””, a chamada imprensa frívola que pretende relatar a chamada “socioality”, do glâmour,  com mérito ou  ambição de serem “famosos”, (com ou sem posses), repleta de fofoquices, onde se enredam certos e pretensos “Vip’s  e determinadas “flores!...”, que despertam o sonho e a utopia nos seus leitores.
A imprensa  “amarela”, cuja especialidade demanda os escândalos, a malícia, a alcovitice, e, a  frivolidade; e, que se apoia, sobretudo, na violação da privacidade alheia. Resvala e aponta o voyeurismo; ou, como, muito bem diz Umberto Eco : as “máquinas de lavar”.

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