É uma evidência cartesiana que o
“Palácio Cor de Rosa” não é o “Quai d’Orsay”.
Nem o dr. Paulo Portas teve os
mesmos conflitos e “amarguras” do dr. Jaime Gama, enquanto Ministro dos MNE, em
relação a Angola.
Todavia, convém dizê-lo, que após
os anos de 1983/4 foram lançadas as
bases para um “nova cooperação”, com os países africanos; sobretudo, com
Angola.
Ousar ter as pretensões do “Quai
d’Orsay”, (para o bem e para o mal), não convém as países que partilham a
mesma língua. Aliás, a inveja, também, surge a nível diplomático, apesar da
grande companhia petrolífera Elf.
O papel na defesa dos interesses
portugueses em Angola é saudável; sobretudo, em épocas de crise como esta, que
atinge Portugal e Angola.
Neurât dizia “estamos no mesmo
barco”, porque “falamos a mesma língua”, e o barco apesar das “traves e
quilhas” que se podem partir, vai-se recompondo.
Parece que o dr. Paulo Portas,
também foi atingido, pelo feitiço de Angola, pela “macumba angolana”, que um
dos seus embaixadores considera “preocupação mórbida”.
A relação intensa de dois países,
faz lembrar Paul Sartre: “estamos condenados a entender-nos”.
Neste sentido, assumir a liberdade é ter responsabilidade.
Os responsáveis do destino da Nação Angolana são os próprios angolanos. Nós
somente temos de “dialogar”, na medida do possível. Do “diálogo” somente pode
resultar “alguma luz” que ilumine os caminhos angolanos e portugueses.
Se, o “novo embaixador de Angola” caminha, neste sentido, que em
“questões políticas” não é fácil, o seu papel, tarde ou cedo, será reconhecido
pelos portugueses e pelos angolanos.
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