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quinta-feira, 1 de setembro de 2016

EUROPOLITIQUE: A "Liberdade de informação" e a "liberdade de expressão na internet"

A imprensa sempre lutou contra o “imprimatur”, contra a censura, contra o “poder régio”, contra as “chamas do inferno”.
Dos “almanaques” aos jornais escritos e “on line”, dos “jornalistas sem formação” aos “jornalistas de escola”, adquiriu um estatuto e uma credibilidade que lhe concedem um “poder”
A internet concedeu um “certo poder” aos indivíduos de se manifestarem (bem ou mal), concedeu-lhes certas ferramentas que não dispunham, sem quaisquer regras deontológicas, desde que não ultrapassam a mera criminalidade, já que existe identificação dos pc’s, e, em último caso, a polícia pode e deve intervir.
Portanto, esta “liberdade de expressão” não é uma liberdade absoluta, é uma liberdade “vigiada”.
De certo modo, o espaço informativo, bem ou mal usado, foi alargado. E, “grosso modo” há mais liberdade, concedida ao indivíduo. O último reduto de espaço do indivíduo, sujeito à responsabilidade, é a possível “criminalização”.
Se, porventura, procura maior espaço de credibilidade não tem mais que se identificar perante as instituições jornalísticas ou outras.
Claro que, muito do que está na Internet não tem qualquer “vestígio de verdade”, (embora sujeita a verificação), e, somente depende de quem escreve ou divulga imagens.  E, quem escreve e deseja ter credibilidade, identifica-se.
Aqui, entrámos na garantia dos direitos do cidadão. A “liberdade de expressão”, não implica totalmente a identificação, já que esta liberdade não é absoluta, é uma liberdade condicionada. É possível a sua averiguação.
Enquanto que na imprensa escrita ou audovisual existe uma ” instituição credível”, existem “jornalistas credenciados” que usufruem de legitimação e poderes, de regras deontológicas, o cidadão goza somente do seu “livre arbítrio”, sujeito às forças policiais, sujeito a certas “formas criminais”, sujeito ao veredicto popular ou não, que o pode lançar nas “chamas do inferno”.
O valor da “palavra escrita” e o “valor da imagem” (factos) traduzem uma realidade, que, no caso, do jornalismo devem dar “garantias de verdade”, mas podem estar sujeitas a um certo poder de interpretação dos internautas (bem ou mal intencionados).
Quando Gutemberg criou a imprensa, dizem que lhe apareceu um anjo, dizendo: “criaste uma coisa para o bem e para o mal”. (Durante muito tempo a “imprensa” era o  “mal” contra a ignorância e o poder, até o próprio Lutero lutou contra isso).
Se, porventura, a “imprensa escrita e audovisual” está nas “chamas da fogueira” da internet , minando o seu território e credibilidade, não pode impor um “imprimatur” aos internautas, somente pedir-lhes que a liberdade implica responsabilidade.
Conjugar a “liberdade de informação”, credível e autenticada,  com a “liberdade de expressão” do livre arbítrio, é um confronto, uma luta, ao qual a imprensa escrita e audiovisual não pode fugir e saberá enfrentá-lo.

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