Quase batia com o tabuleiro em
Rodrigues dos Santos, tal era a distracção do transeunte e do escritor. Não é
primeira vez, que me cruzo com tal ilustre personagem, lá vão quatro vezes, sem
dizer palavra; e, nem será, pressuponho, a última.
Como leitor, enredei-me, um
pouco, nesta trilogia da sua saga, que me deixa desconfortável no seu percurso.
Por isso, deixei parada a minha leitura.
A polémica desencadeada pelo
“jornal Público” vem demonstrar o meu “desconforto nesta leitura”.
A “escrita a metro”, para gáudio
do seu autor, e, pelo êxito das suas tiragens, revela uma “cultura de massas”,
cujos pergaminhos literários deixam muito a desejar.
Mas, a sua ousadia pelos
percursos da “filosofia moral e política” carecem de uma fundamentação
filosófica, que se reduz à simples expressão jornalística; e, por isso, cai na
simples “venda de papel”.
Esta "pretensa incursão filosófica"
conduz a uma “banalização” do pensamento filosófico, que emoldurado nas suas
personagens tramam, com simples pinceladas, factos e acontecimentos,
cuja profundidade não pode nem deve ficar reduzida à sua inócua superficialidade.
O exemplo não é único. Já, certos jornalistas em França, correram pelas mesmas esteiras; mas, em Portugal, é novidade. Por isso, mais que "saga
fundamentada", trata-se de uma simples “novela”, não brasileira, mas
"pretensamente portuguesa".
Aliás, parece ter todos os ingredientes de uma "saga viking". (Nem Marx, nem Jesus).
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