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terça-feira, 31 de maio de 2016

EUROPOLITIQUE: "A Saga Viking" de José Rodrigues dos Santos

Quase batia com o tabuleiro em Rodrigues dos Santos, tal era a distracção do transeunte e do escritor. Não é primeira vez, que me cruzo com tal ilustre personagem, lá vão quatro vezes, sem dizer palavra; e, nem será, pressuponho, a última.
Como leitor, enredei-me, um pouco, nesta trilogia da sua saga, que me deixa desconfortável no seu percurso. Por isso, deixei parada a minha leitura.
A polémica desencadeada pelo “jornal Público” vem demonstrar o meu “desconforto nesta leitura”.
A “escrita a metro”, para gáudio do seu autor, e, pelo êxito das suas tiragens, revela uma “cultura de massas”, cujos pergaminhos literários deixam muito a desejar.
Mas, a sua ousadia pelos percursos da “filosofia moral e política” carecem de uma fundamentação filosófica, que se reduz à simples expressão jornalística; e, por isso, cai na simples “venda de papel”.
Esta "pretensa incursão filosófica" conduz a uma “banalização” do pensamento filosófico, que emoldurado nas suas personagens tramam, com simples pinceladas, factos e acontecimentos, cuja profundidade não pode nem deve ficar reduzida à sua inócua superficialidade.
O exemplo não é único. Já, certos jornalistas em França, correram pelas mesmas esteiras; mas, em Portugal, é novidade. Por isso, mais que "saga fundamentada", trata-se de uma simples “novela”, não brasileira, mas "pretensamente portuguesa".
Aliás, parece ter todos os ingredientes de uma "saga viking". (Nem Marx, nem Jesus).   

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