Nesta “civilização da imagem”, Santos Silva dedica-se à
análise sociológica do “music-hall”, comandada por um senhor da comunicação
social francesa (ícon e mestre), chamado Michel Drucker, (a quem alguns franceses chamam de
“chaparro”).
Tudo isto, vem a propósito de um emigrante de sucesso, de
nome Tony Carrera.
Mas, por detrás, de Tony Carrera está outra sociologia, ou
seja, a realidade dos emigrantes portugueses em França que ajudaram a
reconstruir este País, e, a quem lhe são sonegados os seus direitos.
Ao contrário das exigências do governo espanhol vai ser
difícil exigir as certas instituições de segurança social francesa entre 4 a 2
mil milhões de euros, que estão em dívida com Portugal, ao contrário da
exemplaridade da Suiça.
A política europeia de França assemelha-se a uma política do
“umbigo”. Dizem que cumprem as regras europeias, mas tratam-nas como nacionais.
E, a imagem de França, país charneira do processo europeu, começa a fraquejar,
porque os pressupostos lógicos da sua possível liderança caminham a par com as
suas contradições.
A imagem de Tony Carrera arrasta consigo uma realidade, à qual Santos
Silva não fica imune e indirectamente nela já está envolvido.
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