Preços europeus em Angola? |
Para um país, carregado de petróleo, os preços de combustíveis em Angola regressam, paulatinamente, às tabelas europeias. A máquina fiscal aperta o cinto aos angolanos, longe dos tempos graciosos das vacas gordas e dos "tempos divinos" da Venezuela.
Claro que a máquina fiscal começa a mostrar as suas garras no consumo, no registo predial e nos salários, enquanto que o "estado entre o estado", ou seja, a Sonangol usufrui de uma fiscalidade que causa atritos ao Ministério de Petróleos e às Finanças.
Causa espanto a "venda de lotes de petróleo", efectuados pela Sonangol, quando este direito pertence ao Estado, como, aliás, é feito no Brasil.
O emergente tecido empresarial caminha para uma cotação em bolsa que retarda na sua concretização. Embora a inserção das empresas no sistema financeiro seja a introdução, por vezes, num sistema de casino, ou seja, no seu aspecto negativo; positivamente, a angariação de capital torna-se numa necessidade urgente para o seu desenvolvimento.
As potencialidades angolanas são mais que evidentes. Se a bolsa da África do Sul cresceu 59% em 2015, a sua vizinha Angola tem credenciais para se inserir no contexto bolsista, com as devidas regras e ajustamentos.
Por isso, o preço dos combustíveis são óleo para a máquina fiscal, como as empresas angolanas são um factor de desenvolvimento e enriquecimento em que a fiscalidade também deve operar com juros e dividendos.
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