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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

EUROPOLITIQUE: As contradições chinesas

As palavras de Deng Xiaoping: “deixemos que uma parte da população enriqueça, que eles levarão o resto para a prosperidade”, resultou em que 25% dos chineses que somente tenham 1% da riqueza do país, enquanto que o número de milionários chineses supera o número dos Estados Unidos.
           Nada menos, de 596 multimilionários, se enquadram nos 242 super ricos chineses, enquanto nos Estados Unidos existem 535 milionários.
            Em três décadas, (1985-2015), a mudança de paradigma chinês criou esta elite extraordinária de milionários.
            Ainda que o desaparecimento de alguns milionários de Hong Kong seja um detonador das garras políticas de Pequim, os milionários florescem como cogumelos.
           Ou seja,  99% da riqueza chinesa vagueia em ¾ da sua população, em cuja cúpula abunda esta nata de super chineses.
            Este modelo de criação de riqueza parece que tem o seu “lado de imitação” em Angola. Até que ponto, a  formação de uma elite empresarial e económica trará os devidos frutos para o desenvolvimento social de Angola?
            Conciliar o socialismo com o capitalismo parece dar a hegemonia de enriquecimento a uma pequena elite que navega folgadamente em dinheiro.
            Certos franceses dizem que há muito dinheiro em França, todavia a sua canalização enquadra-se fora da classe trabalhadora, enchendo os bolsos dos mais ricos.

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