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quarta-feira, 12 de agosto de 2015

EUROPOLITIQUE: A Lentidão de Timor Leste


“Nunca pensei que Timor Leste, alcançasse a sua independência”, confidenciava alguém junto de um familiar do bispo Araújo. Mas graças à intervenção de Clinton e do apoio português foi possível que este país se libertasse do jugo indonésio.

Ultimamente estive com uma jovem enfermeira do Porto que cumpriu três meses de voluntariado em Timor Leste. Apesar de muita ajuda portuguesa, Timor Leste continua numa lentidão de progresso assinalável, apesar da riqueza exclusiva e oriunda, única e exclusivamente, do petróleo.
 Segundo a agência Lusa, as exportações timorenses  foram apenas de 5.948 dólares, embora o seu registo seja na ordem dos 6 milhões de dólares, já que se trata de mercadoria reexportada.

A importação de mercadorias de Timor Leste atingiu, no mês de Junho, a cifra de 51,57 milhões de dólares, cujo exponencial anual, “grosso modo”, atinge a soma de 600 milhões de dólares.

Se no período, de 1 de Abril a 30 de Junho, ou seja, em três meses, entraram 294,68 milhões de dólares, graças às “royalties” do Fundo Petrolífero, as receitas previsíveis anuais são da ordem dos 978, 72 milhões de dólares, embora para o seu OGE sejam somente 920 milhões de dólares.

Apesar da quase nulidade de quota exportadora, Timor Leste beneficia de uma “almofada financeira”, graças ao petróleo, na ordem dos 300 milhões de dólares.

Porém, nem o turismo, nem a agricultura fornecem uma ancora de esperança na veia exportadora timorense.
A inversão desta dependência aguarda por novos estímulos, aos quais os empresários portugueses não devem ficar alheios.

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