“Conforme noticiou o PÚBLICO,
há 9440 empresas em Portugal que exportam os seus produtos para Angola, e,
destas, mais de metade não vende para nenhum outro mercado externo. Em 2014,
5256 empresas dependiam a 100% de Angola para realizar as suas vendas para fora
do país. Em valor, representaram 1234 milhões de euros, o que equivale a 41% do
montante arrecadado com as exportações para Angola durante o ano passado.”
Com uma população, em que mais de
62% das suas gentes procura a vida
citadina, com a “propriedade privada” ainda dependente da “era marxista”,
Luanda torna-se um caso ”parodoxal” relativamente à sua economia e à dependência com as empresas portuguesas.
Até 2030 (ou seja, nos próximos
15 anos), Luanda atingirá os 13 milhões de habitantes.
Com mais de seis milhões de habitantes e uma área de
mais de 13 mil quilómetros quadrados, a província de Luanda apresenta-se com
80% da sua população, vivendo em musseques.
O risco de se
tonar numa nova cidade como o Rio de Janeiro é iminente.
Por isso, Plano Diretor Geral
Metropolitano de Luanda prevê construir 13
novos hospitais, 1.500 escolas, 1,4 milhões de casas, e ainda um sistema de comboio suburbano
com 210 quilómetros, 142 quilómetros de corredor para trânsito exclusivo de
transportes, conjuntamente com 446 quilómetros de estradas primárias e 676
quilómetros de vias secundárias públicas.
A crónica deficiência de electricidade terá uma prioridade no
plano de desenvolvimento para Luanda, que define a necessidade de garantir uma
potência de 5.600 MegaWatts (MW), contra os atuais disponíveis 1.700 MW.
Portanto, com tantas
necessidades por satisfazer e realizar, a contribuição das empresas portuguesas
continuará a ser essencial para a nova metrópole de Luanda (2030).
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