A vida normal dos cidadãos moçambicanos contrasta com o potencial de possível terceiro produtor mundial de gás natural, cujos investimentos futuros rondam entre 25 a 20 mil milhões de dólares. O caótico trânsito das grandes metrópoles africanas assola Maputo e seus habitantes, a falta de habitações e acesso razoável ao crédito habitacional é quase uma miragem, o baixo rendimento de salários e sistemática falta de gás, electricidade e água, em nada favorecem a vida dos moçambicanos. Transportes e saúde aguardam por inovação e desenvolvimento.
Todavia, Moçambique dispunha de
reservas de 2,8 milhões de dólares nos finas de Dezembro de 2014, garantindo a
cobertura de quatro meses de importações, excepção feita aos grandes projectos.
Com a estrada número 1, espinha
dorsal da economia moçambicana, nela se estendem as esperanças dos corredores
de gás e electricidade, para abastecer a capital, ou seja, Maputo, eterno
dependente das condutas sul-africanas. Por isso, os alertas surgem dizendo que
o “enorme obstáculo ao crescimento na Tanzânia e em Moçambique é o custo das
infra-estruturas necessárias, que nenhum país consegue pagar sem ajuda dos
investidores externos”.
Se Angola beneficia com a
presença de milhares de chineses na construção civil, Moçambique somente ganha
algum benefício na agricultura.
Se Angola possui taxas de
juros, um pouco razoáveis, já Moçambique obriga a fugir desses compromissos.
No entanto, tanto Maputo como
Luanda lutam com um trânsito caótico, que implica perder três a quatro horas do
sono matinal.
Os problemas de electricidade são
constantes em Luanda, ao contrário de Maputo, que são esporádicos.
Normalidade e potencialidade são dois extremos de uma realidade que cerceia
os sonhos moçambicanos.
Sem comentários:
Enviar um comentário