“O relatório "Sistema Bancário de
Angola: Visão Geral e Perspectiva" (Angola's Banking System: Overview
and Outlook) dá conta da "rápida expansão" dos bancos angolanos,
que passaram de 39 mil milhões de dólares de activos, em 2009, para mais de 71
mil milhões, no ano passado”. Conforme noticia o Jornal Público e continua. “A
Moody's prevê um crescimento real do PIB de 6,8% em 2014” (...), não esquecendo que a
inflação também conta.
Claro que este relatório é positivo para o sistema
angolano. Todavia, a sua eficácia no circuito económico empresarial deixa muito
a desejar.
O sistema bancário, na nossa opinião, é um sistema em cascata,
susceptível de cair como um “baralho de cartas”. A dependência dos seus
accionistas que controlam os seus mecanismos estão extremamente associados de
tal forma que uma falência num banco afecta a generalidade dos bancos. Este
“sistema em cascata” não permite a autonomia e a independência de uns bancos em
relação aos outros.
O funcionamento empresarial precisa de crédito, mas quando as
empresas são criadas de forma fictícia de forma a sacar crédito que lesa o
funcionamento bancário são os próprios credores que são vítimas do próprio
processo, sendo esta situação propícia a actos de vingança dentro do próprio “sistema
de cascata”.
A autonomia e independência bancária deve irradiar o sistema de
influências que afecta o sistema bancário angolano, cuja última tábua de salvação
será o Banco de Angola.
O Jornal Público relata: “O problema, disseram, está
na falta de transparência e no sistema judicial: "Riscos elevados de
crédito, derivados da falta de transparência corporativa, e um sistema jurídico
ineficiente deverão continuar a impor desafios aos bancos", lê-se no
relatório, que sublinhou ainda que o crédito malparado e as provisões para
perdas deverão, por isso, continuar elevados, afectando a rentabilidade dos
bancos.
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