Conforme noticia a agência de rating MOODY’S: “o segundo maior produtor de petróleo subsariano enquadra-se nesta categoria, recebendo do petróleo 76% das suas receitas fiscais em 2013 e representando mais de 99% das exportações no ano passado”, sem se referir concretamente a Angola, o seu enunciado é mais que explícito. Ainda que as vicissitudes da volatilidade do preço petróleo, por causa da produção do “shaile oil”, atinjam o Orçamento Angolano, a sua “ imperial empresa” – Sonangol – com as suas 17 empresas associadas – acaba de celebrar um financiamento na ordem dos 2.000.000.000 de dólares com o Banco de Desenvolvimento da China, parceria que já vem desde 2008.
A maior instituição financeira
da China, que coopera com o exterior, augura que esta parceria é para manter; e,
portanto, a concessão de crédito está garantida, já que a construção da
refinaria do Lobito começará em 2015, apesar da sua atrasada calendarização.
Se, ao nível da produção de
petróleo e dos seus investimentos associados surgem garantias da sua evolução e
continuidade, apesar das oscilações do preço do petróleo, outros sectores da
economia angolana carecem de um rápido desenvolvimento, seja, por exemplo, a
agricultura.
A passagem de uma agricultura
de “economia fechada” e de subsistência para uma “agricultura empresarial” em
que se alie a produção e a distribuição; e, possivelmente a inovação; implica
que a produtividade agrícola tem de conciliar a distribuição dos seus produtos
através das superfícies comerciais. Claro que o poder de compra está
relacionado com esta modernização agrícola, e, com as necessidades alimentares
das gentes citadinas, neste caso específico – a capital de Angola – Luanda.
Nesta campo, três desafios se
colocam à agricultura angolana:
1) O
desenvolvimento de técnicas agrícolas elementares e rudimentares, aliadas ao
“combate à pobreza” – slogan governamental - através da criação e implementação; não só, de estruturas e
modelos susceptíveis de uma economia sadia de subsistência; como também, do
incentivo à “pequena agricultura” em reduzidas explorações, susceptíveis de
crescimento. A constituição de “pequenos e médios agricultores” que se tornem numa alavanca para o desenvolvimento
económico e social das populações.
2) Uma
agricultura com um grau de produtividade de tipo comercial que implica o
desenvolvimento da chamada “agro indústria”, como forma de abastecimento das
superfícies comerciais, em que a produção se alia à distribuição.
3) O desenvolvimento qualitativo de uma agricultura exportadora, apoiada na
qualidade e inovação dos produtos agrícolas angolanos que caracterizaram este
país ao nível do algodão, do café, da soja, do milho e muitos outros bens
alimentares.
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