Embora, as perspectivas mais optimistas da economia angolana apontem para que, neste
momento, o montante do PIB de Angola seja da ordem dos 60% derivado do sector
não-petrolífero, a derrapagem dos
valores do petróleo vão afectar os seus ganhos na ordem dos 30%, por causa da
baixa do crude. Todavia, o sector petrolífero tem sido responsável por mais de
80% do orçamento angolano, de forma que até que ponto são credíveis estas
percentagens deixam muito por esclarecer!... Por outro lado, convem observar o relacionamento entre Angola e a China que tem como base de sustentação, o sector petrolífero.
A
urgente diversificação da economia angolana tem de passar pela construção
civil, sobretudo no acesso à habitação, pelas infra-estruturas viárias e
ferroviárias, pela agricultura, pela energia, pela gestão da água e rios, pelo
turismo, pela pequena indústria e pela exportação.
Uma
das grandes esperanças da economia angolana situa-se na abertura da Bolsa de
Valores.
Será
que a Praça Financeira de Luanda conseguirá atrair os aforradores necessários e
suficientes para o crescimento das empresas que anseiam cotar-se nesta Bolsa de
Valores?
Será
o mercado de capitais uma realidade numa economia emergente, como é o caso da
economia angolana?
Terão
as empresas, valor e capital, susceptível de criação de acções correspondentes
à sua
produção e comercialização?
Existirão cidadãos angolanos com capacidade económica e financeira para dar vida e valor à criação de uma Bolsa de Valores?
Existirão cidadãos angolanos com capacidade económica e financeira para dar vida e valor à criação de uma Bolsa de Valores?
Terá
a própria Bolsa de Valores, qualquer fundo de emergência para a cotação das
empresas no sistema bolsista?
Apesar
das boas intenções, como afirma Manuel Júnior em que “quanto
maior é a capitalização bolsista de um mercado, mais dinâmica se torna a
actividade financeira de oferta e colocação de serviços e produtos financeiros,
facto que permite que os investidores institucionais ganhem maturidade e
condições óptimas de intervenção e de gestão das suas disponibilidades”, na
formação de qualquer Bolsa, as fases de iniciação são sempre de formação e, possivelmente,
de algum êxito. Aliás, na Bolsa perde-se e ganha-se, conforme o mercado e as empresas, ou, na melhor das hipóteses, no crédito dos seus dividendos.
Mas, sem dúvida, a criação da Bolsa de Valores em
Angola será um processo de credibilização da sua economia e abertura aos
processos do sistema financeiro, com as suas virtudes e defeitos, como se
observa noutros contextos da economia mundial.
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