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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

EUROPOLITIQUE: Será que 30% da Economia Angolana depende do valor do Petróleo?


Embora, as perspectivas mais optimistas da economia angolana apontem para que, neste momento, o montante do PIB de Angola seja da ordem dos 60% derivado do sector não-petrolífero, a derrapagem  dos valores do petróleo vão afectar os seus ganhos na ordem dos 30%, por causa da baixa do crude. Todavia, o sector petrolífero tem sido responsável por mais de 80% do orçamento angolano, de forma que até que ponto são credíveis estas percentagens deixam muito por esclarecer!... Por outro lado, convem observar o relacionamento entre Angola e a China que tem como base de sustentação, o sector petrolífero.
A urgente diversificação da economia angolana tem de passar pela construção civil, sobretudo no acesso à habitação, pelas infra-estruturas viárias e ferroviárias, pela agricultura, pela energia, pela gestão da água e rios, pelo turismo, pela pequena indústria e pela exportação.
Uma das grandes esperanças da economia angolana situa-se na abertura da Bolsa de Valores.
Será que a Praça Financeira de Luanda conseguirá atrair os aforradores necessários e suficientes para o crescimento das empresas que anseiam cotar-se nesta Bolsa de Valores?
Será o mercado de capitais uma realidade numa economia emergente, como é o caso da economia angolana?
Terão as empresas, valor e capital, susceptível de criação de acções correspondentes à sua produção e comercialização?
Existirão cidadãos angolanos com capacidade económica e financeira para dar vida e valor à criação de uma Bolsa de Valores?
Terá a própria Bolsa de Valores, qualquer fundo de emergência para a cotação das empresas no sistema bolsista?
Apesar das boas intenções, como afirma Manuel Júnior em que “quanto maior é a capitalização bolsista de um mercado, mais dinâmica se torna a actividade financeira de oferta e colocação de serviços e produtos financeiros, facto que permite que os investidores institucionais ganhem maturidade e condições óptimas de intervenção e de gestão das suas disponibilidades”, na formação de qualquer Bolsa, as fases de iniciação são sempre de formação e, possivelmente, de algum êxito. Aliás, na Bolsa perde-se e ganha-se, conforme o mercado e as empresas, ou, na melhor das hipóteses, no crédito dos seus dividendos. 
Mas, sem dúvida, a criação da Bolsa de Valores em Angola será um processo de credibilização da sua economia e abertura aos processos do sistema financeiro, com as suas virtudes e defeitos, como se observa noutros contextos da economia mundial.

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