Angola e Brasil caminham conjuntamente para uma nova
definição da geopolítica mundial a nível da exploração e indústria petrolífera.
Ainda que o Brasil dependa de grandes investimentos e modernização científica,
Angola perfila-se com ambição de ultrapassar a Nigéria, na parte Sul de África,
já que no primeiro semestre de 2014, tornou-se no maior fornecedor de petróleo
aos Estados Unidos; além das suas boas relações económicas com o Sudoeste
Asiático, sobretudo, a China, através dos seus recursos petrolíferos. As
potencialidades petrolíferas angolanas não são tão grandes e extensas como as do Brasil,
mas são suficientes para suster a sua economia em níveis superiores a qualquer
país do Sudoeste Africano. O papel e responsabilidade das empresas petrolíferas
estrangeiras carece de exigências sociais e económicas que não devem defraudar
o povo angolano. O justo rendimento da exploração petrolífera não deve servir
de álibi para justificar politicamente os altos rendimentos desta indústria,
nem deve servir politicamente para a não correcta aplicação dos seus fundos nas
necessidades da economia angolana. O papel do Estado de Direito Angolano é
essencial, bem como o exercício da sua instituição Sonangol, que além de
empresa exerce um estatuto que ultrapassa a mera actividade empresarial. O papel de instituição e empresa geram cumplicidades de difícil resolução política.
Apesar do potencial brasileiro a nível petrolífero, o
desempenho da sua economia acarreta situações de entraves e retrocessos que dificultam o
seu pleno desenvolvimento, assim como, em Angola a falta de infra estruturas
materiais e sociais condicionam a expansão desejada das suas condições
económicas e políticas.
Angola e Brasil são duas potências petrolíferas que anseiam por altos
voos, mas cujas asas de desenvolvimento estão condicionadas pelas suas políticas
materiais, económicas e sociais, mas que reúnem condições para atingir os seus
objectivos numa nova geopolítica petrolífera mundial.
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