Ainda que os 300 vistos diários, pedidos no Consulado Português, encham um "avião consular" de angolanos, uma série de projectos aguardam pela sua descolagem.
Apesar das boas intenções como: «o incremento da ‘angolanização’ do sector petrolífero do país é igualmente uma prioridade apontada pelo executivo, com o ministro Botelho de Vasconcelos, citado pelo Jornal de Angola, a destacar o reconhecimento, que já acontece, de empresas nacionais nos diferentes segmentos bem como a colocação de quadros nacionais em cargos de topo, em todas os operadores da indústria petrolífera angolana», a fábrica de LNG, no Soyo, só abrirá, provavelmente em 2015, e, a refinaria do Lobito, em 2017.
Certamente que o processo de “angonalização” sobre
os seus países vizinhos, no sector da indústria petrolífera, encontra,
presentemente, na procura desenfreada de certos consumidores da Namíbia, a
demonstração concreta de preços acessíveis que Angola pode proporcionar a estes
países, sobretudo, quando o transporte do caminho de ferro se estender pelo seu
território.
Todavia, as recentes notícias de 350 milhões de
dólares, sob a tutela da Sonangol, que estão destinados à formação de técnicos
na indústria petrolífera, certamente, que são bem necessários para colmatar as
carências das empresas citadas.
Se, nos dois próximos anos, a famosa “angolanização”, e, a sua real
influência nos seus vizinhos, tiver como objectivos a entrada em funcionamento
da estrada do Soyo, a extensão ferroviária até à Namíbia, a plena laboração do
LNG e refinaria do Lobito, a influência ferroviária do caminho de ferro de
Benguela, estradas de acesso às fronteiras, certamente se passará da utopia à
concretização de um sonho.
É preciso descolar!...
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