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terça-feira, 10 de junho de 2014

EUROPOLITIQUE: O SISAL - A planta "mal-amada" em ANGOLA


A  fibra das folhas do sisal são utilizadas, sobretudo, na indústria da cordoaria (cordas, cordéis, fios, tapetes, indústria automóvel, etc...), já que em relação à fibra sintética são um óptimo fertilizante, posto que o plástico demora, pelo menos,  150 anos para desaparecer e se dissolver na natureza.
A sua produção, na região de Benguela, após os anos de 70, quase desapareceu; ainda que existissem quase trezentas fazendas de sisal.
Actualmente, o Brasil é o maior produtor mundial de sisal.
Até ao ano de 1970, eram produzidas cerca de 60 mil toneladas de fibras de sisal, na região de Benguela, sendo exportadas para Portugal, Inglaterra e Alemanha; com o advento das fibras sintéticas, esta produção desapareceu de Angola.

   ANO                 QUANTIDADE
  1960...
  57.941  toneladas...............
375.479.000.........
 Valor em escudos.
  1969...
  50.035  toneladas...............
197.123.000.........
 Valor em escudos.

Apesar do aumento de produção, naqueles anos, o valor do sisal decaiu, devido à introdução de fibras sintéticas no mercado internacional.
Por isso, é urgente a aplicação de novas tecnologias e de mão de obra qualificada, neste sector da sua produção e indústria, para que sejam ultrapassadas as lacunas e insuficiências angolanas, relativamente ao período  de 1954 a 1970; ou seja, no seu apogeu de produtividade.
Actualmente, a totalidade da força de trabalho em Angola, referente ao ano de 2012, situava-se nos 8 468 000 habitantes, em que 85% da sua população se dedicava exclusivamente à agricultura.
Por isso, a agricultura de sobrevivência angolana é o seu modo principal de vida, ainda que Angola, neste momento, se torne auto-suficiente na produção de banana.
Angola surge referenciada como o 16º país com o maior potencial agrícola do mundo;  mas, actualmente, somente 3% da terra arável está cultivada.
O salto para uma agricultura mais industrializada impõe-se como objectivo essencial do seu desenvolvimento, num país que aposta na educação e formação dos seus técnicos.
Numa época de ética ambiental, em que os sacos de plásticos são descartáveis e prejudiciais, a produção da fibra de sisal aguarda por melhores tempos, nas regiões de Benguela, que são as mais propícias para a sua produção.

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