Atravessar uma mata de pinhal, em pleno coração da Suazilândia, parece uma contradição africana, mas constitui uma paradigmática “urgência angolana”.
Neste momento, Angola, por causa da construção civil, importa mais madeira do que exporta, contrariando os seus processos de país exportador de “belas madeiras”.
Apesar de deter 300 mil hectares de uma rica superfície
florestal, em Cabinda, que constitui a segunda maior reserva do mundo (após a
Amazónia), com capacidade para fornecer 200 mil metros cúbicos por ano, a
exploração de madeira somente rendeu ao Estado Angolano 153. 214 dólares, em
2012, resultante de várias multas e algumas taxas. Se não há “contrabando” de madeiras,
não está longe disso.
A sua exportação anual ronda os 12 mil metros cúbicos, praticamente 10% das suas potencialidades, cujo valor esconde a exploração ilegal de madeira.
A sua exportação anual ronda os 12 mil metros cúbicos, praticamente 10% das suas potencialidades, cujo valor esconde a exploração ilegal de madeira.
Apesar da elaboração de um “cadastro florestal”, das
directrizes do Ordenamento do Território Urbanístico e Ambiental, das “reservas
florestais”, parques e matas nacionais e provinciais, a exploração do carvão,
de forma artesanal, constitui, por vezes, um revés à “política florestal”, e aos
seus mais variados técnicos, cujos vencimentos merecem melhor consideração. A
“política de re-florestação” de certas zonas de Angola, sobretudo no Sul, merecem
um maior incremento, bem como a educação pela natureza das suas populações carecem
de maior estímulo e compreensão.
ANO
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Quantidade
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Valor em escudos
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1960................
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90.674 toneladas......
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96.749.000
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1969................
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152.071 toneladas....
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224.104.000
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Estes valores expressavam uma das principais exportações
de Angola, que presentemente está longe dos seus objectivos. De salientar que Cabinda, "jóia da madeira e do petróleo" angolano, importa 90% dos bens consumidos.
Claro que há que preservar e vigiar a floresta, proteger certas espécies
de madeiras, elaborar uma “educação florestal”, modificar hábitos da utilização
da lenha, definir áreas florestais, de caça, de reservas, de solos, para que a exportação
angolana encontre os caminhos mais viáveis para uma ética ambiental e florestal.
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