O desafio angolano
pela educação tem como objectivo que o ano de 2015 seja uma meta de “Educação
para Todos”, o que significa uma marca histórica no sistema de ensino em
Angola.
Nada menos de 7.408.926
alunos constituem o registo total, no ano de 2013, segundo dados do Ministério
da Educação.
Apesar de todos os esforços, ainda mais de 3
milhões de angolanos não farão parte deste êxito, numa população de 20 milhões
de habitantes, apesar serem pagos os módicos 100 dólares mensais a cada
alfabetizador, em 2008. Apesar de tudo, em 40 anos, a pirâmide será invertida a
favor da educação (1975-2015).
Todavia, na sua
globalidade, nos anos anteriores a 1975, Angola detinha 80% de analfabetos, que
comparativamente com 2015, se inverte, na sua piramide social escolar, para menos
de 20% da sua população.
Se, em 2002, havia
1.733.549 alunos no ensino básico, já, em 2008, quase duplicou para 3.757.677,
com um aumento na ordem dos 117%, atingindo em 2013, 7.408.926 alunos, segundo
dados do Ministério da Educação..
No ensino superior,
havia 20.00 alunos, em 2002,
registando-se 70.000, em 2008, com uma subida na ordem de quase 70% de
inscrições, que continua a subir com as suas novas universidades..
Relativamente à massa
docente, em 2002, havia 83.601 professores no total do sistema educativo que no
ano de 2008 atinge mais de 180.000
significando um aumento na ordem dos
70% , relativamente, ao Ensino Primário, continuando a sua progressão dado
o número total de 7.408.926 alunos, em 2013.
Se, de 1961/62 a 1972/73, já lá vão mais de 40 anos, o
aumento dos alunos do ensino secundário e médio aumentou 500%, presentemente,
estamos muito longe desta nova realidade angolana, com 1/3 da sua população a entrar
nas escolas.
Os movimentos de libertação
conduziram a um novo processo de educação:
“Em 1960-1, em todo
o território angolano, havia 105.781 alunos nas escolas pré-primárias e
primárias, 7.486 em escolas secundárias académicas e 4.501 em escolas
secundárias técnicas. Cinco anos depois, em 1965-66, os números eram,
respectivamente, 225.145, 14.577 e 13.220: os números aumentaram 113%, 95% e 194%, respectivamente. Em
1966-67, os totais respectivos eram 267.768, 16.700 e 15.371; além disso, 712 seguiam
estudos teológicos e 607 frequentavam a universidade, que ainda não
proporcionavam cursos de letras e de direito. Cerca de mil alunos estavam a
frequentar cursos do magistério primário”.
“Este notável aumento da oferta na educação revelava características
interessantes. Houve um importante aumento da escolaridade rural, pela qual a
criança angolana aprendia os rudimentos da língua, da civilização, da história
e da geografia portuguesa”
(História de Angola, pg.333, by Douglas Wheeler anda René Pélissier).
Podemos distinguir três
fases do desenvolvimento do ensino em Angola:
Período de 1961/62 a
1972/73 - desenvolvimento
Período de 1972/3 a 2002
- estagnação
Período de 2002 a 2015 – (novo início, formação) - Apogeu.
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