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quinta-feira, 5 de junho de 2014

EUROPOLITIQUE: ANGOLA: Mais de 1/3 da população angolana está na Escola



O desafio angolano pela educação tem como objectivo que o ano de 2015 seja uma meta de “Educação para Todos”, o que significa uma marca histórica no sistema de ensino em Angola.
Nada menos de 7.408.926 alunos constituem o registo total, no ano de 2013, segundo dados do Ministério da Educação.
 Apesar de todos os esforços, ainda mais de 3 milhões de angolanos não farão parte deste êxito, numa população de 20 milhões de habitantes, apesar serem pagos os módicos 100 dólares mensais a cada alfabetizador, em 2008. Apesar de tudo, em 40 anos, a pirâmide será invertida a favor da educação (1975-2015).
Todavia, na sua globalidade, nos anos anteriores a 1975, Angola detinha 80% de analfabetos, que comparativamente com 2015, se inverte, na sua piramide social escolar, para menos de 20% da sua população.
Se, em 2002, havia 1.733.549 alunos no ensino básico, já, em 2008, quase duplicou para 3.757.677, com um aumento na ordem dos 117%, atingindo em 2013, 7.408.926 alunos, segundo dados do Ministério da Educação..
No ensino superior, havia  20.00 alunos, em 2002, registando-se 70.000, em 2008, com uma subida na ordem de quase 70% de inscrições, que continua a subir com as suas novas universidades..
Relativamente à massa docente, em 2002, havia 83.601 professores no total do sistema educativo que no ano de 2008 atinge mais  de 180.000 significando um aumento na ordem dos  70% , relativamente, ao Ensino Primário, continuando a sua progressão dado o número total de 7.408.926 alunos, em 2013.
Se, de 1961/62 a 1972/73, já lá vão mais de 40 anos, o aumento dos alunos do ensino secundário e médio aumentou 500%, presentemente, estamos muito longe desta nova realidade angolana, com 1/3 da sua população a entrar nas escolas.
Os movimentos de libertação conduziram a um novo processo de educação:
“Em 1960-1, em todo o território angolano, havia 105.781 alunos nas escolas pré-primárias e primárias, 7.486 em escolas secundárias académicas e 4.501 em escolas secundárias técnicas. Cinco anos depois, em 1965-66, os números eram, respectivamente, 225.145, 14.577 e 13.220: os números aumentaram  113%, 95% e 194%, respectivamente. Em 1966-67, os totais respectivos eram 267.768, 16.700 e 15.371; além disso, 712 seguiam estudos teológicos e 607 frequentavam a universidade, que ainda não proporcionavam cursos de letras e de direito. Cerca de mil alunos estavam a frequentar cursos do magistério primário”.
“Este notável aumento da oferta na educação revelava características interessantes. Houve um importante aumento da escolaridade rural, pela qual a criança angolana aprendia os rudimentos da língua, da civilização, da história e da geografia portuguesa”
(História de Angola, pg.333, by Douglas Wheeler anda René Pélissier).
Podemos distinguir três fases do desenvolvimento do ensino em Angola:
Período de 1961/62 a 1972/73 - desenvolvimento
Período de 1972/3 a 2002 - estagnação
Período de  2002 a 2015 – (novo início, formação) - Apogeu.

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