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sábado, 25 de janeiro de 2014
EUROPOLITIQUE: Os gemidos e balidos do comboio de Sines nas novelas do jornal EXPRESSO
Aos gemidos do comboio eléctrico, quando lentamente sobe a Serra de Grândola, juntam-se os balidos do pastor alentejano, com o seu rebanho perdido nas serranias, no "murmúrio marítimo" de uma ligação ferroviária entre Sines e as capitais europeias.
De Paris chega a notícia que os gauleses contribuem entre 14 a 15 mil milhões de euros para o Fundo Social Europeu, e, de que dele não tiram nenhum dividendo. Ora, um fundo com 67 mil milhões de euros é um bolo apetecível para qualquer país.
Em Sevilha, limitei-me a uma pequena volta no comboio da sua Expo, pensando como o “ilustre barbudo” de antanho– Felipe Conzalez - conseguira implantar o seu comboio de alta velocidade, entre Madrid e a capital da Andaluzia. Aliás, o seu embaixador dava garantias que a CEE financiara em 80% tão emblemática obra, para gáudio dos sevilhanos, não fosse também ele, um ilustre mestre das terras andaluzas.
Se, entre os “gemidos do comboio” e os “balidos do rebanho”, já que não ambicionamos o duplo trem de alta velocidade, ou seja, o mais moderno, nem um simples trem de alta velocidade; quedamos-nos no “murmúrio marítimo” de um simples trem rápido de mercadorias. Claro que Sines não é um porto grego, nem um porto chinês, em crescendo, "fotograficamente" reproduzido. Simplesmente, uma porta ou um portão de entrada na quinta europeia dos ricos da Europa. Por isso, Siim Kallas garante que: “nós pagamos até 85% destes projectos” (Expresso, 25.01.2014). Ou seja, paga mais 5% que o embaixador espanhol com obra concretizada!...
Acrescenta Siim Kallas: "temos as condições criadas, agora tem que se encontrar alguma coisa nos bolsos portugueses” (Expresso, 25.01.2014). Ora, “em bolsos rotos não se encontra moeda", será que continuaremos nos "murmúrios marítimos"?. Certamente que não é só problema de moeda, aliás a minha angústia remonta aos cafés de Paris e à falta de um Felipe Gonzalez, que me tirasse destes “murmúrios marítimos”, já que eles ecoam no "muro das lamentações" das televisões.
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