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domingo, 10 de novembro de 2013

EUROPOLITIQUE: "O Conceito Estratégico": Angola, Portugal e outros.(Adriano Moreira)

Numa pequena vila nortenha, fiquei perplexo pela vitalidade de Adriano Moreira em plena campanha política. “Eterno dinossauro” da política externa, ainda hoje as suas reflexões merecem um aplauso. A entrevista de Adriano Moreira ao DN (jornal, em 10.11.2013) salienta a necessidade e urgência de um “conceito estratégico”, não só para Portugal, como também para os países da CPLP: relembro de memória, “se não formos ao mar, o mar vem até nós”. Abordando, também, a questão angolana sugere uma resposta presidencial. A lógica de poderes em Angola e Portugal é diferente. Por isso, dado que Portugal não tem um “regime semi-presidencialista”, somente resta “uma mãozinha de detrás do arbusto”, como já salientamos anteriormente. Por isso, o “direito de resposta” pertence à gestão política, ou seja, ao governo. A noção de “conceito estratégico” paira na mente de muitas pessoas: quer de estrategas, quer de políticos, cuja evidência nem sempre será bom exibi-la, por certas e determinadas razões. No entanto, se esse “conceito" se tornar explícito e aceite pelos vários países, nem é preciso “frota” de exibicionismo, (citando Adriano). No mundo da globalização há países, cujos objectivos são meramente económicos. Contrariamente, Portugal mantém relações humanitárias, afectivas e sociais, que ultrapassam única e exclusivamente este segmento económico. Digo, por acaso, o relevante papel da saúde em relação aos países da CPLP, além de muitos outros, que certamente muitos europeus desconhecem. Aliás, a Europa devia reconhecer o papel exercido por Portugal. Por isso, a “entrevista” alerta para esta Europa, um pouco à deriva, e sem grandes conceitos estratégicos. Aliás, parecem gizar-se, segundo a “entrevistas”, outras mundividências para as quais os actores políticos deveriam estar mais atentos.

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