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sábado, 26 de outubro de 2013

EUROPOLITIQUE: A trilogia estratégica de Angola

A imprensa francesa dava destaque ao negócio da Total no Brasil, contrariamente às manifestações demonstradas em terras do Samba por alguma população brasileira. O famoso campo de Libra vai render ao Brasil nada menos de 93,1 mil milhões de euros em royalties, mais 253,7 mil milhões de euros em petróleo, além dos 5,1 mil milhões pela assinatura de contrato. Petrobrás, Shell e Total, além de duas empresas chinesas irão explorar este manancial, que suscitou grandes críticas na população brasileira. Mas, pelo menos, a nível informativo os dados são públicos!... Certamente que os negócios do petróleo angolano não desencadeiam manifestações, nem são famosos pela sua transparência. Angola está prestes a desenvolver as suas parcerias estratégicas com países emergentes e amigos do petróleo. Ou seja, África do Sul, seu vizinho industrializado e consumidor de petróleo; Brasil, país fraterno nas suas identidades e construtor; China, país consumidor, ávido de carburante e financiador. Três países, com capacidade financeira que podem ombrear com as ambições angolanas. À primeira vista, a escolha angolana é a mais credível para a resolução dos seus problemas. Alia-se a um conjunto de países que prosseguem uma certa linha de desenvolvimento, não criam obstáculos ideológicos e têm uma dinâmica mobilizadora livre de entraves medievais. O pragmatismo é a melhor face que caracterize estes países, além de serem considerados emergentes, possuem populações repletas de juventude. Os “velhos do Restelo” podem elaborar conjecturas porque as suas naus estacionaram em águas pouco tranquilas, além de que que o País está "encravado na Europa"!... "Estar encravado na Europa" implica resistir a um conjunto de ideologias que nada são consentâneas com as ambições angolanas, nem com os ditos países emergentes que situam "noutro tempo". Pragmatismo e sincronismo são quase duas faces da mesma moeda - "tempo e acção". Quando se imprime impulso para o futuro, olhar o passado não favorece o seu movimento. “Quem tem pressa anda ligeiro”, por isso, a escolha angolana alicerça neste andamento virado para o futuro. O mundo do petróleo, ainda é o mundo do dinheiro. Questionar infindáveis razões nas praias do Restelo é perder tempo no passado. Portanto é melhor cumprir a parte que os leões ou tubarões nos deixaram com arte e engenho luso, já que a experiência é uma fonte de conhecimento. E, desta fonte, também, jorrará alguma liquidez!...

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