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sexta-feira, 1 de novembro de 2013
EUROPOLITIQUE: Angola e a "Jalousie française"
A alta diplomacia francesa não tem sido nada famosa em relação ao mundo árabe. Tão de pressa está junto dos opressores como dos oprimidos, não se esgrimindo de deter e prender os alvíssaras da “revolução da Primavera”; e, para recordação gaulesa fica o episódio diplomático da Líbia.
A sua política em relação aos países africanos se não segue o slogan que dizem acerca dos americanos que “não tem amigos, apenas interesses” não anda muito longe e coloca-se de forma idêntica ao pragmatismo e racionalismo gaulês.
A recente visita de Laurent Fabius, arquiduque do Quai d’Orsay faz lembrar a história dos semáforos franceses colocados em Luanda: bela tecnologia que rapidamente não funcionava!...
Claro que as suas bases tecnológicas não se comparam com as portuguesas, mas também não trazem grande valor acrescentado, face às carências angolanas. Além disso, em matéria de negócios, a sua ética diplomática reacende com o citado inicial.
Face à “faiblesse portuguaise” esgrime-se a “noblesse diplomatique”, com a linguagem do século dezanove, ou seja o seu elegante francês, contra a língua da globalização, na qual se inscreve a língua de Camões, como primórdio desse mundo. Concretizando, a única empresa de envergadura em Angola é, sem dúvida, a petrolífera Total. Por isso, os franceses estão desesperados em “lançar mais lanças em África”, dado que as questiúnculas jurídicas ensombram as “parcerias estratégicas” entre portugueses e angolanos. A francofonia ambiciona aniquilar os países da CPLP.
Se há país “mais ciumento” (“jaloux”) da relação entre Portugal e a Angola é, sem dúvida, a França.
A questão do relacionamento de Portugal e Angola não passa única e exclusivamente pelas altas esferas, pelas altas diplomacias, nem pelos corredores do Quai d’Orsay.
Com ou sem “cimeiras estratégicas” existe um relacionamento afectivo de povos que supera todas as altas instâncias que se movem com os seus milhões e canhões.
A parada não está perdida, somente aguarda novos capítulos. Não serão os franceses que nos fazem retirar das nossas ambições e ilusões!...
Será que Laurent Fabius disse, citando um seu "partennaire" : "que os portugueses nada tem a ver com Angola"?
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