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domingo, 22 de setembro de 2013
EUROPOLITIQUE: O Sonho do Turismo em Angola
Contrariamente a Moçambique e à sua capital Maputo, Luanda congrega mais de 80% do seu turismo nas suas redondezas. Com um preço médio, na ordem dos 400 a 500 dólares por dia, afasta-se dos preços da capital portuguesa, Lisboa, na ordem dos 150 dólares.
Por isso, aguarda-se, brevemente a abertura de mais de quatro hotéis de luxo em Luanda, onde se inclui o grupo português Pestana.
A escassez de oferta hoteleira aumenta os preços de estadia, muitas vezes exclusivamente reservados, a visitas de negócio; mas, sem dúvida, que o preço de construção, falta de mão-de-obra e materiais, tem influência no desenvolvimento hoteleiro. Todavia, as pretensões do turismo não podem cingir-se somente a Luanda com os seus 80% de visitantes.
Por outro lado, o preço da restauração atinge preços incomportáveis para qualquer turista normal. Se, por exemplo, a montagem de um restaurante nos arredores de Maputo pode ficar na ordem dos 70.000 dólares, em Luanda atinge os 300.000 a 400.000 dólares, quando não se queda pelos milhões; enquanto que uma refeição na capital moçambicana atinge o valor normal de uma cidade como Lisboa, na capital angolana dispara para valores inconformáveis.
Se a capital angolana dispõe nada menos de 1.294 quartos nas suas unidades hoteleiras mais emblemáticas, acrescentando possivelmente mais 2.000 camas, não haja dúvida que tem de encontrar outros modelos de desenvolvimento. Claro que as grandes cadeias turísticas internacionais ainda não descobriram o filão do turismo angolano, dada a sua conjectura e limitação, mas o desenvolvimento de hotéis intermédios tem de ser uma aposta a desenvolver num prazo imediato. Ainda que os chamados “hotéis de charme” não sejam apanágio da capital angolana, os chamados “hotéis de família” podem colmatar o preço elevado dos hotéis de luxo.
A escassez hoteleira debate-se com a escassez de promoção turística, de agências de viagens e de pacotes turísticos, associados à questão da problemática dos vistos.
Se Luanda pretende abrir-se para o turismo, sem dúvida, que sem vistos turísticos será lenta a sua abertura para a janela do mundo, apesar dos apregoados 140.000 empregos gerados pelas empresas turísticas!...
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