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domingo, 8 de setembro de 2013
EUROPOLITIQUE: Mais habitação em Angola
O mercado da habitação em Angola caminha num processo de afirmação pelas suas cidades mais importantes, numa tentativa de satisfazer as ambições da "casa própria", embora com falta de clarividência do "direito privado".
Certamente que o mercado está a funcionar, ainda que se desenvolva muito lentamente, no seu sistema financeiro. A Sonangol, baluarte do sistema de crédito angolano, acaba de contrair um empréstimo de 2, 5 mil milhões de dólares, cujo capital certamente será canalizado para a construção de mais habitações. Este empréstimo, por cinco anos, foi obtido a uma taxa de juro de 3,5%, tendo sido coordenado pelo Standard Chartered, com o Banco de Tóquio, o BNP Paribas, o Deutsche Bank e o Natixis, segundo a Bloomberg. O crédito para habitação ronda os 9% ao ano para os angolanos mais felizardos!...
Ainda por resolver estão os empreendimentos de Kilamba e Cacuaco, apesar de se manterem novos prolongamentos de edificação. Todavia novas áreas estão prestes a surgir: «para o primeiro semestre de 2014 espera-se iniciar a edificação de mais 23 mil fogos na cidades do Dundo, Saurimo, Malanje, Bengo, Ndalatando, Ongiva e Menongue.” Quer dizer que a implementação de novas edificações deixa os arredores da capital para se estender pelo país. Normalmente as habitações são vendidas entre os 80.000 e 180.000 dólares, segundo a sua tipologia, ainda que permaneçam muitas incertezas ao grau de acesso destas habitações. Estão especificamente reservadas a angolanos, com capacidade financeira, ou a estrangeiros, se por acaso podem beneficiar desses direitos? Certamente que o nível salarial dos angolanos, em geral, não permite a ousadia de casa própria, já que 70% da sua população vive com quase dois dólares, por dia, dentro dos seus 20 milhões de habitantes. Todavia a noção de proprietário, segundo as Finanças ou Registo Predial navega na incerteza que feito o pagamento a agência dá por terminado o seu trabalho?!...
A entrevista, concedida por um elemento de vendas da Sonangol, não clarifica verdadeiramente o "direito de propriedade".
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