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quarta-feira, 31 de julho de 2013
EUROPOLITIQUE: Na onda do turismo de Angola e Moçambique
Às terça-feiras, por meros instantes de intervalo, são exibidos na TVÁfrica dois programas sobre o turismo em Angola e Moçambique. Sofisticadamente o programa angolano precede o moçambicano.
Por exemplo, entre o “tapete vermelho” na chegada ao aeroporto do Lubango, em Angola, e a estrada de areia até Ponta Ouro, em Moçambique, decorrem dois passeios turísticos de contrastes e emoções. Por um lado, a oligarquia de um turismo de luxo angolano contrapõe-se com a democracia do lazer moçambicano. As paisagens angolanas desvanecem-se em relação ao renascer cambiante da natureza moçambicana.
As expectativas angolanas guindam-se ao primor de um turismo de elite, à sofisticação da sua culinária e ao desenvolvimento de estâncias turísticas (“resort’s”) de elevada qualidade, enquanto que Moçambique navega pelo sabor popular, pela exibição tradicionalista e pela fauna e vegetação natural da sua orografia.Duas metas, dois objectivos de incómoda diversidade!...
Todavia estes contrastes de imagem não querem dizer que Moçambique não disponha de um turismo de lazer sofisticado, apetecível e de fácil acesso, com unidades hoteleiras de elevado nível; e, que em Angola não se desenvolvam outras alternativas turísticas. Ainda que a demonstração turística angolana procura um expoente que esquece os passos intermédios da afirmação dos patamares do turismo, refugiando-se num elitismo de sofisticação, à medida da “cidade mais cara do mundo”.
Todavia perpassa pela exibição turística de Moçambique uma “onda de humanismo e calor humano”, muito reconfortante, que esmorece no conforto sofisticado angolano em que o pendor popular é remetido para um certo esquecimento.
Extrapolar um turismo “de luxo” para Angola e um turismo de “pé descalço” para Moçambique seria um anátema insustentável e indesejável.
Os programas sobre o turismo, quer em Angola, quer em Moçambique, são uma “lufada de ar fresco” no relacionamento entre povos que são meritórios de todo o aplauso e acolhimento.
Por isso, aguarda-se que a sua continuidade na programação africana se afirme por muitos velhos e novos tempos, com o mar nas suas bandeiras: na onda do turismo angolano e moçambicano.
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