O Fundo Soberano de Angola, criado em Outubro de 2012, com um capital de cinco mil milhões de dólares, será dirigido pelo economista José Filomeno dos Santos, filho de José Eduardo dos Santos, actual Presidente da República. Formado em Gestão de Informação e Finanças pela Universidade de Westminster declarou que haverá uma “prestação rigorosa de contas e transparência na gestão” deste fundo. Deste modo, espera-se o “envolvimento de auditores independentes”, que apesar da recordação das “Chemises Lacoste” nos deixam com boas expectativas da sua gestão!...
Inicialmente criado com ambições de “combate à pobreza” ou de “atributos de sustentação da segurança social”, as linhas agora traçadas apontam para dois sectores de ambição financeira.
Primeiro, metade das verbas do fundo será aplicada em produtos financeiros com rendimento fixo e instrumentos de caixa, emitidos pelas agências soberanas, instituições supranacionais, grandes empresas, ou, em instituições financeiras e títulos de participação de sociedades, sobretudo, dirigidos para o grupo dos países mais industrializados.
Segundo, na criação de um “fundo hoteleiro para África”, e numa “escola hoteleira”, sendo lançado um concurso a operadores que lideram o ramo hoteleiro internacional, a fim de desenvolver e operar uma carteira de hotéis de negócios de três a cinco estrelas em toda a África Austral.
Possivelmente e numa lógica de diversificação estarão, o resto de algumas verbas, em investimentos alternativos: agricultura, minério, infra-estruturas e imobiliário.
Também conhecido por FSDEA, este fundo, além de ambicioso na sua gestão, “et noblesse oblige”, carece de uma transparência a todos os níveis para gáudio de todos os angolanos. Com uma população de 20,1 milhões de angolanos, oxalá a sua transparência de auditoria legal e económica, além de social e política, ultrapasse os 12% dos recursos hidrográficos de África que Angola possui, e, se a formação inglesa for negligenciada, sem dúvida, que o recurso às “Chemises Lacoste”, "em nota de rodapé", se tornará num imperativo de audácia e isenção internacional, que determina a imagem destes fundos.
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