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quinta-feira, 23 de maio de 2013

EUROPOLITIQUE: "Zézu" padrinho da Guiné Equatorial.

“Esqueça o que está escrito aí” – dizia um representante de um país da CPLP, apesar dele ser o autor de tal escrito, já que o tratado com Portugal - “nem sei a data”. A alto nível da diplomacia, os tratados e as burocracias esfumam-se, quando, concretamente, os valores económicos surgem nas suas implicações. Na presente relação entre a Guiné Equatorial e os países da CPLP, talvez não seja o dinheiro que está em causa, mas a sua distribuição. Se não fosse a pressão diplomática dos USA e da França, o contexto sócio-político na Guiné Equatorial, não seria aconselhável neste relacionamento. Todavia, para o espaço lusófono é de saldar o apadrinhamento de José Eduardo dos Santos à iniciativa da Guiné Equatorial. “Obiang disse que depois do adiamento na cimeira de Maputo, o seu país procura sensibilizar os países de expressão portuguesa para que a Guiné Equatorial, que já detém o estatuto de observador associado, seja aceite como membro da CPLP. “O meu irmão assegurou que vai apoiar a entrada da Guiné Equatorial na próxima cimeira”, declarou” (Jornal de Angola). Do mesmo modo que o petróleo é o principal produto de exportação de Angola, com o sector petrolífero a representar 45% do Produto Interno Bruto, 70% das receitas fiscais e 90% das exportações, a Guiné Equatorial encontra-se em idêntica posição. Portanto, a conivência angolana requer este apadrinhamento como natural convivência, sobretudo quando se trata de um certo desvinculamento hispânico Todavia as reticências de Maputo, com actual direcção da CPLP, ecoam:« apesar de elogiar os esforços já desenvolvidos pelas autoridades do país, com vista ao cumprimento do programa de adesão condiciona a sua entrada ao “convergir com os objectivos e princípios orientadores da comunidade”, para o que deve contar com o apoio de “um grupo permanente de acompanhamento conjunto”». Apesar de todas as contradições no relacionamento de vários países, todavia persiste um conjunto de valores que sedimentam essas mesmas relações, às quais os seus actores não podem, nem devem, furtar-se.

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