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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

EUROPOLITIQUE: Navegando sobre os Açores


Aos cidadãos comuns, “cuius Deus ventri est”, dirão os militares, pouco interessa a Base das Lajes, salvo, se a sua população sofre as consequências das suas implicações. Aliás, o poder institucional das forças armadas, determinante na política portuguesa, conjuntamente com os seus eruditos em matéria militar detém conhecimentos suficientes e necessários na resolução destes problemas, que, portanto, escapam à maioria dos portugueses. Portanto, a nós, comuns cidadãos, resta-nos a consolação de navegar sobre as ilhas na companhia de alicerces militares portugueses, usufruindo de um fundo recortado no seu cinzento relevo. Assim, dentro deste “relevo” de tom pardacento, longínquo e ausente, nada impede que a nossa humilde opinião verse alguns comentários de ingénua “ciência militar", ou, qualquer veleidade de interesse político. Somente na última franja daquilo que nos reserva a nossa possível cidadania. O corte de 500 mil milhões nas U.S.Army deixa à deriva a plataforma dos Açores. A estratégia europeia continua, um pouco, à deriva nas suas determinações face à evidência defensiva americana, e parece que a ideia predominante dos americanos é que os europeus assumam as suas responsabilidades militares e de defesa. Apesar das várias unidades de operacionalidade militar parece não existir um “autêntico comando” já que os políticos, muitas vezes, divergem no modelo e eficácia da sua planificação e da sua determinação diplomática. Aliás, as várias divergências de política externa interferem com as decisões militares. Já que efectivamente não existe um “ministro da defesa” europeia, a coordenação desta acção encontra-se dependente dos estados maiores de potência nuclear, como seja, a França e a Inglaterra (talvez, prestes a deixar a U.E.), coadjuvadas pela poderosa Alemanha. Todavia, o Atlântico Sul aponta-se com certa primazia do comércio mundial, e, por isso, acresce-se uma configuração para a dita “ciência militar”. A amplitude da zona marítima portuguesa é palco do comércio europeu e mundial, sem que as diversas contrapartidas europeias sejam bem assinaladas. Aliás, o estacionamento na Base das Lajes, por parte dos americanos. nem beneficia de qualquer renda, embora haja contrapartidas. Portanto, cabe à esfera militar criar alternativas aos diversos planos que se desenham nesta configuração de estratégias.

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