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domingo, 20 de janeiro de 2013

A Penitência socialista (texto humorístico)

Aos 88 anos, nas derrotas e nas vitórias, continuou sempre igual a si mesmo, aquele “animal político” – Mário Soares. Com sua “personalidade política”, sempre colocou o País acima de si mesmo, com uma pontinha de orgulho pessoal, totalmente dominada pelo universal, ou, pela identidade nacional. Os últimos líderes nacionais do partido socialista português sofreram uma penitência (talvez, dos seus pecados) que sempre me intrigou!.. António Guterres, (“velho conhecido da Estrada da Luz”), porventura aconselhado pelo Padre Vítor Melícias decidiu penitenciar-se com um “Ano Sabático”, leccionando Matemática, num bairro degradado (!...), antes de assumir funções na ONU. José Sócrates, com os seus fatos Armani e a sua jactância natural, refugiou-se na cosmopolita cidade parisiense para actualizar os seus estudos, não dando hipóteses aos caçadores de imagem de enegrecer a sua silhueta. Mas aquilo que mais me intriga é a penitência do novo promissor e arauto candidato a primeiro ministro. (Aliás, como sabemos, não existe “candidato a primeiro ministro”. O partido elege o candidato!...). Esta futurologia excede as minhas expectativas, e, talvez de qualquer leitor!... Se um se radicou na sua penitência em Lisboa e outro em Paris, somente em qualquer país africano ou dentro da comunidade da lusofonia encontraremos um lugar já que se cinge ao natural parlamentarismo. Este texto nada tem de ofensivo, nem de enigmático. Revela um sentido de humor e de cinismo, tal como os “famosos cínicos” faziam com o idealismo da “filosofia de Platão”. Por isso, a “praça pública” permite também que encarnemos a figura dos cínicos, quando a razão nos parece fugir!... Todavia o texto não é, em si, cínico, mas humorístico!...

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