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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

ALTERNATIVAS P’RA CRISE: Do lixo ao luxo, pela Av. Brasil

Somente 1% do lixo, na Suécia, é desperdiçado, de tal forma que este país candidata-se a ser importador dos desperdiço dos outros. A média europeia situa-se no aproveitamento máximo do lixo na ordem dos 62%, em cuja média se situa, também, Portugal. Quer dizer, mais de 38% do lixo é desperdiçado pelos europeus, excepto pela Suécia e talvez outros países nórdicos. A selecção dos lixos e sua consequente reciclagem é um autêntico negócio, não só para as respectivas indústrias do metal, plástico e vidro, como também um bem salutar para a própria natureza. Apesar das campanhas de sensibilização junto das comunidades escolares, ainda não se atingiram os objectivos necessários e suficientes para o aproveitamento desta moderna riqueza que são os desperdícios da própria sociedade. As câmaras municipais tem um papel relevante na monitorização dos índices de aproveitamento dos seus resíduos que deviam exibir como metas de salutar desenvolvimento social e humano. Não basta somente cobrar as taxas municipais, quer através do IMI, quer através dos resíduos nas facturas mensais de consumo da água, é necessário e urgente transformar os resíduos numa bandeira de limpeza dos seus territórios. Além disso, as câmaras deviam exibir e demonstrar os seus contratos com as empresas de recolha de lixo. O maior empenhamento das respectivas câmaras, com a sensibilização dos seus munícipes, deve resultar na transformação não só das mentalidades, como também no aproveitamento quase integral do lixo, tendo como paradigma o exemplo da Suécia.

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