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sábado, 1 de setembro de 2012
RTP - O enredo do serviço público
Será possível construir um “serviço público” de televisão com 150 milhões de euros, e com as receitas da publicidade?
Isto, seria a primeira premissa, como ponto de partida, o que não é fácil.
A segunda premissa, que tipo de serviço público?
A televisão é um serviço caro, mas vendê-lo parece fácil!...
Os governos europeus sempre foram “avaros e conservadores” nos meios de comunicação de televisão, ao contrário dos americanos, mais defensores da iniciativa privada. E, a tradição europeia tem os seus benefícios e também as suas limitações.
Claro que a televisão é um poder, tem poder e determina as vontades; e tem o que se chama um poder educativo, talvez função que não exista nas privadas, cujos objectivos são muitas vezes económicos.
Mas as privadas também exercem um serviço público, ou seja, de informação.
Coloca-se, por vezes, o papel de igualdade de informação e isenção que compete ao serviço público. Mas, também aí, a televisão como poder está associada ao poder, ou seja, ao poder político.
Há quem advogue que a “televisão deva ser dada ao povo”. Todavia, ainda que o povo pague 150 milhões, isto parece uma contradição, porque o poder político, à bela tradição europeia, nunca irá abdicar da sua influência!...
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