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sábado, 1 de setembro de 2012

A RTP e os seus poderes ocultos

Chegar a Maputo, em primeira classe por cortesia da TAP, e, olhar para o écran com uma reportagem sobre Vilar de Mouros, na RTP-I, trouxe-me logo à lembrança aquele emigrante que protestava com a antiga “taxa de televisão”, abolida pelo Sr. Prof. Cavaco Silva, mas presentemente encapotada e paga na factura da EDP. Claro que relembrar Portugal no estrangeiro é uma sensação colorida, muito distinta da televisão pardacenta de outrora, ou, da imagem pardacenta de mentes menos esclarecidas. Aliás, este emigrante europeu faz-me lembrar aqueles emigrantes americanos que dizem que “são mais portugueses que os portugueses”. Ainda a televisão estava no preto e branco, ansiando pelas cores coloridas, quando se vedava o acesso ao modo como se fazia informação. Normalmente, naquela altura fazia-se o intercâmbio com outras televisões por volta das 9.00 e 16.00 horas, e como “estrangeiro” em terra portuguesa, talvez fosse útil certa presença, mas nem isso, apesar do vazio de personagens. Com um pedido expresso para o Departamento de Informação, fui remetido, hipoteticamente, para uma equipa de reportagem, quedando-me nas “Relações Públicas”. Analisando a expansão das infra-estruturas da RTP, logo conclui o seu modelo capitalista, logicamente assente em certas camadas sociais, e, evidentemente na publicidade e poder económico. Por ironia do destino parece que o retorno capitalista lhe cai em cima. Mandar cantar um galo na TVI – estação privada, para derrubar a capoeira na RTP – estação pública, é uma manobra política de se lhe tirar o chapéu. O poder político não deve ser único e exclusivo na RTP, nem no seu modelo, plano ou projecto, porque a televisão também pertence ao Povo, à Sociedade Civil e aos seus intervenientes sociais.

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