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domingo, 16 de setembro de 2012

Navegando na Crise Europeia

Enquanto a Europa se debate consigo mesmo nos sintomas da crise, do agiotismo dos empréstimos, no desemprego, na perda dos benefícios sociais dos seus estados de direito, reaparecem muitos países com recursos naturais que carecem da ajuda europeia ou financeira de ordem mundial. Está mais que confirmado que o investimento em certos países africanos é de um retorno de capitais mais valioso que toda esta agitação europeia que coloca sobre o pescoço uma tirania sem soluções à vista. Mas como o lucro imediato é o recurso mais saudável do agiotismo financeiro não se olha a meios e fins para a obtenção dos seus benefícios. Certos países africanos rejubilam com as exigências das companhias americanas em declararem as receitas aos respectivos estados, quando esses mesmos países deveriam demonstrar os lucros que auferem dessas empresas. Não é só a África que carece de apoio sustentável para o seu progresso social, económico e também político, mas também vários países do Sul da América se encontram em idêntica linha de desenvolvimento e com grandes recursos naturais. Em vez de taxar somente os rendimentos do capital ou do emprego, há que mobilizar as empresas e a sua tecnologia no apoio e desenvolvimento africano e sul-americano. A Europa tem de deixar de olhar sobre o próprio umbigo, para se descentrar sobre a periferia que a rodeia. Ao velho mundo, decrépito e caduco espreita outro mundo ambicioso que anseia pelas conquistas europeias. Enquanto a Europa não encontrar um “sistema de cooperação” que se oponha ao “modelo chinês” continuará na senda de um crise cada vez mais tenebrosa.

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