A pobreza em Angola situa-se entre os 30% a 40% da sua
população. Nos últimos anos dos mais de 40% do seu universo, talvez tenha
havido uma redução de 10%. Todavia além da diminuição da pobreza é necessário
evitar o “circulo vicioso da pobreza”, e neste caso o desenvolvimento
capitalista da cidade de Luanda, talvez não seja o melhor agoiro. Oxalá, Luanda
não se torne um paradigma do Rio de Janeiro, com as suas belezas e as suas
contradições.
Sobretudo, urge encontrar boas instituições e suas
práticas que a nível do direito e suas leis protejam os direitos elementares da
sua população, ou seja, os mínimos “direitos humanos”, com possível acesso à
educação e saúde, a manutenção do direito de propriedade e extensão da terra
aos seus trabalhadores, não esquecendo a igualdade de direitos entre género, e,
sobretudo uma eficácia governamental na redistribuição dos recursos económicos
e humanos.
Além disso, é necessário estabelecer convenções sociais e
políticas que tornem possível a confiança entre os seus agentes, bem como o
respeito pela divergência de opiniões e pelo pluralismo político. A unicidade
conduz à corrupção e falta de transparência das suas instituições. As várias
instituições devem usufruir de uma credibilidade que as tornem dignas perante a
população. Por isso, a dignidade das várias instituições e seus agentes devem
demonstrar uma baixa tolerância à corrupção.
O estado de direito deve traduzir uma confiança razoável
no futuro e nos contratos emergentes, não só a nível executivo, como também no
esclarecimento e adesão da população.
A eficácia governamental deve prosseguir não só no
funcionamento razoável do sector público, como também na atenção aos mais
desprotegidos e carenciados da população angolana.
A batalha pela educação, o reforço e afirmação das
instituições credíveis, o desenvolvimento do tecido empresarial, o
desenvolvimento das comunidades e associações devem fazer com que o “dinheiro”
corra pelos mais variados estratos da população.
A riqueza de um país reside sobretudo na riqueza dos indivíduos que constróem
a sua sociedade.
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