A primeira palavra que se impõe
nestas eleições é a sua transparência.
A isenção e liberdade de voto
devem marcar toda a acção política.
Por isso, é inconcebível que “200
mil militares e polícias” votam em mesas instaladas nos quartéis ou esquadras
de polícia. É sinal de um discriminação negativa face à sociedade civil. Um
Estado de Direito deve garantir as mesmas oportunidades de igualdade para todos
os cidadãos; e, neste caso concreto, salta à evidência uma possível manipulação
e controlo de voto.
Se “nas eleições de 2008, o MPLA
obteve 82% dos votos e a UNITA apenas 10%” nada justifica que a isenção e
transparência se imponham como garantia da livre expressão do voto popular.
A uma possível lógica do partido
único, Angola deve abrir-se a um pluralismo político, para que as diversas
vozes dos seus cidadãos ecoam na futura assembleia legislativa.
Muito se espera de Angola e do
seu futuro.
As diversas organizações mundiais
redobram os seus sentidos pela emancipação política que deve exibir não só os
diversos partidos, como também a incipiente sociedade civil.
Uma sociedade mais pluralista,
mais aberta nas suas instituições e nos seus cargos políticos devem ser apanágio
de uma nação mais moderna, não só no aspecto material, mas também no aspecto
social e humano.
O direito à diferença no convívio
harmonioso de uma sociedade plural serão o melhor cartão de visita de uma
Angola moderna.
Por isso, isenção e transparência são um imperativo necessário para um
certo desígnio nacional. Mais que um país, um governo, um executivo que Angola
se transforme numa Nação.
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