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sábado, 21 de julho de 2012

As Futuras eleições em Angola



A primeira palavra que se impõe nestas eleições é a sua transparência.
A isenção e liberdade de voto devem marcar toda a acção política.
Por isso, é inconcebível que “200 mil militares e polícias” votam em mesas instaladas nos quartéis ou esquadras de polícia. É sinal de um discriminação negativa face à sociedade civil. Um Estado de Direito deve garantir as mesmas oportunidades de igualdade para todos os cidadãos; e, neste caso concreto, salta à evidência uma possível manipulação e controlo de voto.
Se “nas eleições de 2008, o MPLA obteve 82% dos votos e a UNITA apenas 10%” nada justifica que a isenção e transparência se imponham como garantia da livre expressão do voto popular.
A uma possível lógica do partido único, Angola deve abrir-se a um pluralismo político, para que as diversas vozes dos seus cidadãos ecoam na futura assembleia legislativa.
Muito se espera de Angola e do seu futuro.
As diversas organizações mundiais redobram os seus sentidos pela emancipação política que deve exibir não só os diversos partidos, como também a incipiente sociedade civil.
Uma sociedade mais pluralista, mais aberta nas suas instituições e nos seus cargos políticos devem ser apanágio de uma nação mais moderna, não só no aspecto material, mas também no aspecto social e humano.
O direito à diferença no convívio harmonioso de uma sociedade plural serão o melhor cartão de visita de uma Angola moderna.
Por isso, isenção e transparência são um imperativo necessário para um certo desígnio nacional. Mais que um país, um governo, um executivo que Angola se transforme numa Nação. 

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