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domingo, 26 de fevereiro de 2012

EURO POLITIQUE 313 - 3% de Representação Lusa.



O patronato alemão sente-se feliz com os resultados da economia germânica, e como simples exemplo justifica-se os lucros da Volkswagen.


Perante o júbilo alemão, a realidade portuguesa atravessa caminhos atribulados na sua debilidade congénita. Acresce-se que à "nulidade das questões europeias" no Parlamento Português, o Parlamento Alemão passa mais tempo a discutir a Europa que as questões internas.

Ora, cerca de um terço do PIB anual germânico chega para pagar totalmente todas as dívidas portuguesas, permitindo que o sol irradiasse em todo o seu esplendor!...

Se, por um lado um terço está relacionado com a deficiente realidade portuguesa, nada menos de 3% é efectivamente a “representação lusa” no chamado “parlamentarismo europeu”.

Antes de tudo, considerar os chamados “cidadãos europeus”, com direitos e sem deveres é uma contradição digna de registo. Ou seja, sem efectivamente um “cartão de cidadão europeu”, nada justifica este sentido da Europa. Esta contradição advém da falta de uma “autêntica política externa europeia” e da falta de uma “segurança europeia”, melhor dito da inexistência de uma “política de defesa”. Os europeus sentem-se solidários no estrangeiro, mas internamente são uma família desavinda.

O vendaval económico que parece varrer os pequenos países da Europa do Sul não deve soçobrar a outras realidades que certa "cegueira" política perante a representatividade desses países deve merecer ter em consideração.

Os espaços geo-estratégicos merecem uma melhor análise que a corrente económica pretende desvanecer. Estes espaços são tão válidos para a Grécia, como para Portugal, infelizmente os países mais atingidos pela crise económica.

A sub-representação de Portugal em relação ao seu papel estratégico apresenta-se como uma fraqueza que outros pretendem assumir, quer no domínio da parcelar “política externa” portuguesa, quer na responsabilidade de defesa que compete inerentemente à parcelar “política de defesa” lusa. Mas, apesar destas insuficiências e contradições são aqueles que mais beneficiam destes espaços geo-estratégicos que pretendem limitar a parcelar autonomia e democracia.

Após o “vendaval económico” urge repensar uma nova arquitectura europeia em que os seus cidadãos usufruem de “direitos e deveres”, e em que a dita “sociedade civil” conjuntamente com a “sociedade política” esgrima um leque de valores suficientemente esclarecidos para a ilustração da Europa.

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