Seguidores

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

EURO POLITIQUE 135. A EDP Chinesa




A África do Sul e o Congo subscreveram um acordo para a construção de Inga III, a famosa barragem congolesa que ultrapassará, duas vezes, a tal propalada “Three Gorges” chinesa, tornando-se na maior do mundo.

Os planos da parceria chinesa ainda não estão definidos.

Certamente que os moçambicanos não queriam que a China comprasse “Cahora Bassa”, nem certamente Portugal tinha capacidade para impor as regras a seu bel-prazer. Como veio a acontecer, a oligarquia política e partidária moçambicana exaltou com a recuperação de um património que há muito ambicionava. A opção política prevaleceu sobre a opção empresarial, mesmo contra a vontade de muitos moçambicanos. Por outras palavras, digamos que os benefícios distribuem-se pela classe no poder. Por isso, a restante quota é aguarda com relativo apetite por esta classe no poder.

A capacidade de produção hidroeléctrica, nestes três países, Congo, Angola e Moçambique eleva-se a tal ponto que quase se ambiciona exportá-la para a Europa.
A capacidade de intervenção portuguesa, apesar de diminuta, ainda beneficia de alguns argumentos nesta riqueza para quem a natureza foi pródiga.
Moçambique carece de milhares de quilómetros de postes eléctricos para contornar a sua dependência em relação à África do Sul.
Angola debate-se com deficiências de electricidade para o seu desenvolvimento, quer nas suas indústrias, quer nas suas cidades.
O Congo necessita de criar dinheiro para o seu desenvolvimento económico.

Mas “toujours” a África do Sul continua como expoente económico e político desta zona setentrional, a não ser que a EDP acorde do seu sonho e resolva esclarecer a sua posição em África, conjuntamente com a Efacec.

Sem comentários:

Enviar um comentário

EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...