A ideia peregrina de que “as estruturas diplomáticas foram ultrapassadas pela história”, referenciada pelo primeiro-ministro francês, em socorro de uma certa diplomacia francesa, vem demonstrar que a dita “política externa europeia” navega na consequente crise económica.
Se a França é o primeiro parceiro económico, cultural e social da Tunísia, logicamente que a supremacia francesa advém desta incapacidade europeia de lidar com problemas específicos do mundo árabe.
Somente os USA manifestam uma coerência de propósitos e objectivos, sobre os quais deve caminhar a intencionalidade europeia, se, por acaso, ela existir, quando não surgirem situações de oportunismo político e económico de qualquer país.
Ao idealismo europeu , e, à sua falta de idealismo recorre-se ao manifesto desejo de auxílio económico, aliás prognóstico que não foi avançado pelos americanos.
A crise económica tem ultrapassado as directrizes políticas de tal forma que a Europa despacha com o redutor económico outras crises sociais e políticas.
Os dados de solidariedade diplomática europeia, no contexto do mundo árabe, continuam diversos, cabendo a cada país zelar pelos seus interesses próprios.
Parece que o chamado “mundo político europeu” olha de soslaio a recentes mudanças sociais e políticas do Norte de África.
Parece que a proximidade de tais realidades, e, a rapidez dos acontecimentos tolheu a organização e a capacidade de percepção e resposta a tais problemas.
Mais uma vez, os USA estão na linha da frente com um tipo de realidades que deveria merecer as atenções dos europeus.
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