A política de classes
Aqueles que não beneficiaram com o crescimento económico continuarão no estado em que estavam, aqueles que enriqueceram com o crescimento económico, continuarão com os seus privilégios.
Entre a “classe dos pobres” e a “classe dos ricos”, quem paga, duplamente, a crise é a “chamada classe média”.
Pagar duplamente, quer dizer, durante e depois da austeridade.
Acresce-se ainda que, além disso, a globalização concedeu aos países emergentes uma saudável recuperação que interfere com os chamados cidadãos dos ditos países ricos, e , que os cidadãos europeus terão alguns dos seus privilégios condicionados.
A fractura da “classe média” obriga a que alguns passem para a classe dos pobres; e, outros consigam manter o seu “status”.
O empolamento de dois triliões de dólares, em 2008, no sistema financeiro mundial, nada tem a ver com o caso especifico de um banco português, ou, é precisamente, um caso exemplar, de compreensão desta situação?
Se um país, praticamente, nunca teve uma classe média, quais são os resultados deste processo de austeridade.
Continuará a eterna marginalização de uma classe média com uma certa élite a aproximar-se da classe rica.
A classe média é a classe mais presa do sistema político e financeiro. Não quer entrar na violência, nem na marginalidade, depende do Estado. Além disso está dependente e amarrada ao sistema financeiro. Como os bancos não querem perder, quem perde é a classe média.
E, que dizer de um país, sem classe média?
E, que dizer que dos países, mais débeis, em relação aos mais ricos?
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