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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

EURO POLITIQUE 125. A China e Portugal



Com reservas na ordem de 3 200 mil milhões de dólares esperava-se que a China assumisse 25% da dívida externa portuguesa, o que se diz seria extensível aos países do Sul da Europa.

Somente o excedente comercial com a Europa traz benefícios para a China na ordem dos 173 mil milhões de euros; além disso, com os norte-americanos ronda os 205 mil milhões de euros, durante o ano de 2010. Potência comercial com um crescimento de 10.4% em 2010, continua na ordem dos 9% em 2011, apesar de uma inflação de 6,5%, acompanhada de uma valorização do yuan em 7%.

O único país europeu, com 194 mil milhões de euros de excedente comercial continua a ser a Alemanha.
O “Belo Hexágono”, que desde 1974 nunca teve um orçamento excedentário, continua apesar de um possível crescimento de 1,75% , em 2012, com um défice programado na ordem dos 4,5%, para se colar em 2013 aos famosos 3% das exigências do Tratado Europeu.
Os Países Baixos acompanham de certo modo o ritmo alemão. De forma que o Sul da Europa, apesar de deterem a chamada moeda única- o euro- continua com uma moeda de “fachada”, (como alguém diz), o que nos levou ao título e à imagem do “euro protestante” e “euro católico”.
Os famosos “eurobonds”, a “desvalorização do euro”, ou a criação de um “Banco Europeu” que assuma as respectivas dívidas nacionais enreda-se nas malhas dos políticos e dos financeiros.

As relações de Portugal com a China são diferenças de um gigante Golias com um pequeno David, mas seguindo a possível história de um “euro católico”, esta analogia distante e antagónica talvez possa transformar esta luta numa profícua parceria internacional.
Até ao momento presente, o silêncio chinês tem causado uma perplexidade dado as antigas relações entre os dois países, que selaram compromissos históricos de louvável honradez.
Mas as linhas do tecido das parcerias não são somente bilaterais, mas colocam-se também ao nível de relações multilaterais, que carecem de um planeamento envolvente que retire a China de simples parceiro económico para outros planos de realização.

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