«O inevitável caos e o conflito emergente enquanto que as diferentes facções da oposição combater-se-ão pela liderança política” (China Daily).
Ao contrário de certas fontes, em nosso entender, a China comprava 50% do petróleo da Líbia, quando se afirmava que 80% ia directamente para as torneiras europeias.
Aliás um quarto do petróleo consumido na Itália é de origem líbia. A França conserva uma terceira posição nas suas importações. Portugal fica pelos modestos 10% a 15% das suas importações, sem grande efeito no fecho destas torneiras. Petróleo de excelente qualidade dava um bocadinho de jeito à Petrogal, mas não é de necessidade extrema. Felizmente outros canais de recepção se abriram para os portugueses.
Todavia a política chinesa é de um realismo atroz. Além de congelar e silenciar as suas fontes de pagamento, mantém-se na expectativa do processo revolucionário líbio, o que inquieta os novos poderes.
Além disso, as 140 toneladas de ouro da Líbia parece que correm as linhas do deserto, esfumando-se como uma miragem.
Como diz Paulo Portas as “Primaveras árabes ainda mal começaram e já estamos no Outono”.
Bela metáfora que não pode escapar ao realismo que se impõe. Como dizia David Cameron “não podemos ficar para trás”.
P.S. (Jeudi, le quotidien officiel China Daily livrait une vision peu optimiste de l'après-Kadhafi, estimant "inévitable que le chaos et le conflit émergent alors que les différentes factions de l'opposition se battront pour le leadership politique". "La Chine doit garder le contact avec toutes les parties", ajoutait le journal.)
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