Um jovem motorista de uma embaixada na Suíça reconfortava-se na sua vivenda junto dos “amigos de Peniche". Após ter educado duas filhas com licenciaturas em terras helvéticas, nada mais que chamar-lhe condignamente de “Embaixador”:
- "Como está o Sr. Embaixador"?!...
Esta dignidade pessoal e humilde ultrapassa aqueles “candelabros de prata” que uma secretária exibia por ofícios de mera representação funcional, nos tempos em que as condições mais modestas não permitiam o uso de perfume nas filas de atendimento.
“A emigração portuguesa já não é o que era”.
Portanto, a uma emigração mal cheirosa e descolorida assiste-se a uma emigração perfumada e colorida, longe do traje negro da viuvez de antanho.
Além de uma grande camada de jovens licenciados que deambulam por países europeus e quejando, feliz ou infelizmente, assiste-se ultimamente ao alegre convívio de muitos emigrantes que arrastam os seus consortes dos mais variados países. O cruzamento de intercâmbios sociais, é de nos “pôr os olhos em bico”; até chega ao Japão.
Parece que longe vão os tempos da luta pela “casinha”, por contraste com a exibição dos recentes modelos de viaturas para as longas caminhadas. Com mais ou menos verniz nas suas pinturas, com mais ou menos exibicionismo, as cores do intercâmbio social afastam-se dos “conluios políticos” e da “luta de cifrões individuais ou nacionais”.
Os modelos sociais sofrem mudanças que interferem neste tipo de “autoritarismo e sabedoria nacional” que sistematicamente pretende manter numa certa ignorância certa camada populacional, embora os “nacionais” continuem a ler os jornais. Não quer dizer que, por vezes, certos “índios” subvertam as regras do humanismo. Mas que a “emigração já não é o que era”, as evidências pretendem demonstrá-lo.
E, na explicação destes fenómenos sociais existem organizações aptas a conferir o seu selo de evidência demarcada. Somente registamos epifenómenos de natureza social.
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