A 16.ª Bienal de Arte de Cerveira presta homenagem ao grande “mestre” da vida e da arte José Rodrigues.
O famoso Fídias tinha o hábito de colocar-se por trás de um reposteiro para apreciar as críticas em relação às suas obras. Um dia um sapateiro criticou as sandálias de uma escultura, e o famoso escultor grego admitiu que realmente havia um pequeno defeito. Por isso corrigiu, as sandálias. Cheio de presunção, o sapateiro que tinha criticado Fídias “desatou” a colocar defeitos “aqui e acolá “.
Perante tanta arrogância, Fídias invectivou o sapateiro, e disse-lhe:
“De sapatos percebes tu - ò sapateiro, de arte percebo - eu”.
Um dia, um famoso crítico de arte da Lusa Atenas andava descontente com o percurso artístico do “Mestre”, de modo que a melhor forma do “ónus” da prova era confrontar a crítica com a sapiência do Artista.
Candidamente, na sua sabedoria e voz amiga, o Mestre responde:
“Com o tempo, aquilo passa-lhe”.
Evidentemente que não vestimos o fato de monge, nem nos alicerçamos em qualquer convento, ou, deixámos passar a culpa solteira, porque não há nenhuma prova de “ónus”.
A única prova de “ónus” é que o tempo marca a obra, revela o artista e desperta o espectador.
Nesta trilogia emerge a obra artística do Grande Mestre José Rodrigues.
O tempo histórico é a marca da profundeza da criação artística.
Com o tempo e com a obra convivemos em salutar harmonia ou divergência, sabendo que um marco nos transforma e perfura como um estilete na cera da nossa ignorância.
Por isso, é carinhoso ouvir a palavra: “O Mestre”
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