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domingo, 29 de maio de 2011

EURO-POLITIQUE. 90. "Portugal na festa do consumo"

Portugal na “festa do consumo”




1 - "O Portugal do Brasil".

No princípio do século XIX, o Estado vivia do comércio entre o Brasil e a Europa.
Sem o Brasil, o valor do comércio externo português, diminui 75%."


A falência do Estado pagou-se muito cara, quase três gerações na penúria, já que o Brasil se tornou independente em 1822.

2 - "O Portugal das colónias".

Moeda forte, com um povo demasiado fraco. Tímida recuperação económica.
Por ironia da história foi Salazar quem pagou o Prec. Entre 1974 e 1975, houve uma festa de consumo”.

3 - "O Portugal da Europa".

Auto-estradas, centro comerciais, viagens, automóveis povoam o imaginário português, com 20% da sua população sem acesso a estas regalias. Procura-se uma qualidade de vida europeia, sem aumento do tecido produtivo, com uma escolarização sem mercado de trabalho, e, com condições de saúde e bem-estar, sem igual nível de comparticipação.

4 - "O Portugal da globalização".

“Portugal e o futuro”, título de um livro, cujas páginas há que escrever e inscrever, apesar do FMI em 1978,1983 e 2011.
"Portugal não é Cuba" - que o diga a Europa civilizada!...
(Aliás, o sonho dos cubanos dirigia-se para os turistas portugueses, como eles estivessem no "Eldorado", mas infelizmente a realidade é outra!...
Tal como os alemães se admiravam de os portugueses conseguirem ter carro, casa própria, com slários tão baixos!... Se calhar, hoje, estão a ver as consequências, com um estado falido?.)
Pelo menos, 5 milhões de portugueses garantem que esta "famosa ilha do Atlântico" não quer ficar pendurada em 25% da sua riqueza, como no tempo de Napoleão. O espaço português, exíguo e limitado, "não tem petróleo, mas deve ter ideias", recordando o ditado francês, ainda que 60% dos portugueses dependam do Estado, e, 50% dos portugueses vivam no limite dos 700 euros, e, sòmente 800 mil atinjam a fasquia de mais de 2.000 euros (2009), com a dita classe das "reformas douradas", ou seja, 5059 com 4 000 euros.

Mas o povo anseia pela contínua “festa do consumo”.

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