A classe diplomática da Libia foi o elemento essencial da debandada de um “sistema político” que pouco razões tinha da sua existência, contrariamente ao gáudio do seu lider, apesar da nossa estima e respeito pelas não-ingerência em assuntos nacionais!...
Nesse sentido, registamos um certo agrado, já que tivemos a ousadia de manifestar que as mudanças deveriam acontecer, infelizmente sem as consequências que estão à vista.
Portanto, não é por "falta de aviso" que certas coisas acontecem, apesar dos dirigentes políticos europeus se vangloriem na jactância das super-estruturas políticas, e, sobretudo nas suas “negociatas”.
Convém afirmar que as "sociedades civis" existem, e, que "a sociedade política" é o que é muitas vezes!...
Talvez, um pequeno exemplo ilustre a tão propagada grandeza da Líbia, e do seu líder.
Quem teve a oportunidade de conviver nos meios académicos franceses com qualquer representante ou personagem oriunda do Norte de África chega à triste conclusão de que não havia qualquer elemento civil da Líbia. (Por acaso, parece que existiam, mas acantonavam-se nas “bases francesas”).
Ultimamente o Papa faz apelo à diplomacia.
Será o caminho indicado!...
A dita “sociedade civil” da Líbia, finalmente, ressurgiu do estado de penumbra e escuridão à qual estava submetida. Com grande sofrimento e penúria procura afirmar-se contra um "regime militar e musculado" que procura negar os direitos fundamentais da sua cidadania.
Mas qualquer cidadão, nascido na sua terra, tem direito à sua voz, desde que respeite os direitos dos outros.
Se uma sociedade não se move por critérios de justiça, pela afirmação respectiva dos seus direitos, pelo diálogo e consenso, somente lhe resta a violência.
Neste sentido o apelo do Papa tem razão e sentido, para que a violência seja substituída pelas condições de diálogo e procura de consensos.
Sem comentários:
Enviar um comentário