Nos anos setenta, do século passado, enaltecia-se a qualidade de pasta de papel de origem portuguesa, nos areópagos parisienses.
«Em 2010, a Portucel pagou 100 milhões de euros de importações por défice de matéria prima nacional. Um absurdo tendo em conta que a área de floresta pode duplicar», refere o jornal Expresso de 13.02.11.
Quer dizer que passados, precisamente, quarenta anos, parece que o País ainda não acordou, totalmente, para as autênticas fileiras da exportação, neste sector.
Se os terrenos não produtivos pagassem uma taxa pela sua falta de produtividade teríamos um manancial de terra livre própria para a floresta.
Já que, a partir dos anos 70, a agricultura deixou de ser uma "economia de subsistência" para se tornar numa "economia de mercado", tudo aponta para que os vários “serviços estatais e fiscais” se movam no planeamento dos recursos necessários para um aproveitamento industrial que é bem visto e querido no estrangeiro: aliás, “acusam-nos de não quererem vender mais pasta ou papel”.
Perante estas evidências comerciais nada justifica que os "intervenientes particulares e estatais" não encontrem o devido enquadramento, e as vias necessárias para assegurar uma procura firme e sustentável.
Perante certa inércia, por vezes, é necessária uma condução autoritária para que a floresta floresça atempadamente e manifeste os seus frutos. Uma legislação condizente deve mobilizar as forças da "sociedade civil" e os "imperativos estatais" para que a qualidade da pasta portuguesa se afirme, cada vez mais, internacionalmente.
Se, o Estado e o Fisco tardam nestas resoluções, então que os Municípios e Câmaras redobrem de atenção nesta problemática.
Com tantos problemas de exportação e de mercado, as evidências comerciais e empresariais não podem marcar passo durante quarenta anos.
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