A lógica de uma economia estatal feita do E-R (Estímulo/Resposta), ou seja, na simples análise de Receitas e Despesas, sem qualquer tipo de estratégia, revela-se num pescar à linha, ou seja, à vista do peixe miúdo.
Como ilustração deste paradigma, exemplifiquemos:
Os Certificados de Aforro, agora substituídos pelos célebres “Certificados do Tesouro”, revelam uma perícia de poupança, digna dos mais célebres agiotas.
Confrontados com a baixa taxa de juro do Banco Central Europeu, decidiram não atribuir, nem mais, de 1% aos famosos “Certificados de Aforro”. É claro, que muitos aderentes deitaram a fugir.
Aquilo que poderia constituir um sistema de poupança exemplar e digno, constituir-se como reserva do próprio Estado, esfumou-se pela falta de estratégia económica.
É mais fácil pedir a 7%.!...
Além disso, nesta engrenagem existe um “Instituto de Gestão Financeira”, quando o Banco de Portugal se reserva para outras funções!...
Ou seja, a credibilidade e segurança financeira não podia ter outro refúgio que um digno Instituto de Gestão Financeira.
Mas, no meio de todas as portas fechadas para o estímulo à poupança em Portugal, (aqui falámos dos pequenos e milhares investidores particulares), e , dado o fraco desempenho das empresas portuguesas, os portugueses investiram na habitação, único recurso de poupança e valorização.
Há quem aplauda tal decisão.
Todavia a injecção de dinheiro no parque habitacional não é um sistema produtivo, revelando-se, por vezes, duplamente parasitário (até do próprio Estado).
O chamado “capitalismo popular” pouco funcionou, já que as “acções” estagnavam ou afundavam-se por causa do processo da globalização.
A dita classe média emergente ou semi-emergente no país encontrou-se relegada para portas sem saída, e, presentemente encontra-se numa depauperização cada vez mais atroz, com reflexos nítidos no Estado.
O Estado deixa trabalhar os bancos com dinheiro, mas esquece-se que ele devia ser o autêntico e genuíno comandante das finanças e do dinheiro.
Felipe Gonzalez dizia: “Haja dinheiro, que eu me encarrego de distribuí-lo”.
É preciso olhar para os nosso vizinhos, ou, para os Estados com formas de capitalização interna.
O Estado devia ser uma máquina de fazer dinheiro, e não gastar o dinheiro da máquina.
Não gastar o seu óleo, porque assim a máquina empena, não funciona, e estoira.
O Estado tem mil e um modos de fazer dinheiro, infelizmente sob a batuta muitas vezes dos trabalhadores, deixando fugir os “tubarões das acções”, esquecendo-se da autêntica capitalização dos médios e pequenos aforradores, infelizmente desenvolvendo uma violência e injustiça, esquecendo-se completamente de um planeamento de estratégias de desenvolvimento.
Afastar-se da linha estimulo/resposta e apontar um caminho nacional, com estratégia e visão do futuro.
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