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sábado, 30 de outubro de 2010

Staff presidencial.55 - Onde vás Portugal?

Onde vás Portugal?




Esperava, confortàvelmente, chegar ao ano de 2012, sem grandes problemas, nem grandes atritos económicos, já que o Dr. Mário Soares gerava e criava grandes perspectivas, mas que a mim, pessoalmente, nunca me convenceram, mas valha-nos o benefício da dúvida.


Todavia, os “anos dourados” da CEE permitiriam ganhar algum alento e alguma motivação, neste país periférico.

Mais que uma “jangada de pedra”, ao estilo de Saramago, dado a sua espontânea conivência com o eixo franco-alemão, situava-me na típica ideia de um “porta-aviões”, como sigla deste território, habituado às suas vagas de emigrantes, e, às suas sucessivas reciclagens económicas..

Esta pretensa ideia de “porta-aviões”, que consome mais do que produz, fazia-me lembrar, particularmente “in illo tempore” o parco bife que comia no Algarve, em Faro, quando ressurgia na minha mente, os alertas de 80% de importação, por vozes, de vizinhos do lado, franceses, sem qualquer pré-aviso de campanha de marketing.

Ora o cenário emergente deambula numa escuridão atónita, ainda que este pequeno “porta-aviões” represente 1% da economia europeia.

A meta do ano 2012, já que, por vezes, os portugueses pensam no futuro revela-se num “porta-aviões” prestes a meter água por qualquer sítio!...

Surgem personalidades destemidas a enfrentar o terrível “Adamastor”, e oxalá ergam o estímulo de “audaces fortuna iuvat”, já que o desalento se repercute em cadeia.

A riqueza de um Estado está na Natureza, recordando o velhinho Hobbes.

O arquétipo de um “porta-aviões” reverte para outros tipos de natureza. E, todo o tipo de naturezas humanas, sociais e culturais se erigem como demonstração dos novos sinais de riqueza.

O “porta-aviões” pode tornar-se numa “fábrica chinesa”, ou, num “bando de cigarras”, zurzindo os seus belos aviões, já que os portugueses adoram viaturas, mas deixaram fugir a “fábrica de automóveis portugueses”!...

Poeticamente recordámos: “esta ditosa pátria amada”, daqueles que lá longe lutaram por um futuro melhor!...

Oxalá que os “internos” levantem as suas bandeiras em honra da Pátria secular, que ela se torne perene como pequeno “porta-aviões” eficaz!...

"ÇA VA LE PORTUGAL"!...
Inquiria, Hélène Vedrine, nos corredores da Sorbonne!...(Resposta):
"ÇA VA PAS".

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