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quarta-feira, 19 de maio de 2010

Staff presidencial.86 - "Adiós, hasta siempre"

"Adiós, hasta siempre"


Embalados pelo vento fresco da pista do aeroporto da Portela, esperava-nos o voo, em direcção às paragens mexicanas, ou, melhor dito, “Cancun”.


O avião regurgitava de pessoal luso, em direcção às praias do Caribe, colmatando a carestia que ensombrou, tantos anos, o esforço lusitano.

Mas, subitamente, ressurgiu, "inconscientemente", o anúncio de “apertar o cinto” que não condizia com o usufruir de tão belas paragens, nem condizia com os voos, de antanho, em que nas ligações aéreas europeias, se viajava com meia dúzia de passageiros, descontando os jornalistas.

Novos ventos sopravam, a maré era de colheita frugal, mas anteviam-se, já, alguns tormentos.

Paul Krugman insinua que os trabalhadores do Sul da Europa terão de adiar os seus sonhos de tão míticas paragens.

Aponta-se para um decréscimo de 20% a 30% no real valor dos seus salários, o que nos torna inconformáveis na satisfação de tais viagens.

Ou seja, não é só, a viagem ao mundo do Caribe, que está suspensa, mas também, todo um conjunto de possíveis benesses, que ficam adiadas.

O regozijo salutar de ver os portugueses embalados nas suas quentes viagens, começa a dar lugar ao rigoroso inverno que as suas ventanias parecem fustigar, “sem dó nem piedade”.

Um “adiós, hasta siempre” ergue-se como pano de fundo, numa crise, cujo fosso, se revela insondável no néctar do "Caribe”.

Em breve,a classe média será simplesmente classe trabalhadora, sem ambições ou deduções.

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