“A Grécia, para salvar-se, comprou caro um futuro mais pobre”
(Miguel Esteves Cardoso, in Público de 04.05.2010)
Os políticos gregos afirmam entre a “falência e a salvação”, ou, entre o “colapso e os sacrifícios”, já que voltar ao “dracma” não é possível.
As agências de “rating” ou de “notação pública” vagueiam numa “informação aos credores”, e, numa “informação simultânea”, de cuja exemplaridade é a corretagem, do dia de hoje, com a respectiva reacção da política espanhola.
Como afirma o Miguel Esteves, certamente que também nós, portugueses, vamos ficar mais pobres.
Aliás, também se prognostica um risco de falência, face ao desenvolvimento dos mercados financeiros, cuja emissão de empréstimos se faz junto de investidores profissionais e privados. Portanto, aqui estamos sujeitos ao movimento especulativo do euro, cujos mecanismos de afirmação como moeda se fundamenta numa certa sustentação aleatória de geometria variável.
Todavia, o "mundo rico europeu" não deve olhar, não só para si mesmo, como também para o impulso, e, movimento especulativo sobre o euro.
As outras economias mais débeis do planeta ressente-se de uma moeda que talvez não representa o seu real valor neste mundo da globalização.
Portanto, três factores parecem surgir como demonstração destes movimentos financeiros:
- 1) A pretensão do dólar adquirir o seu espaço de certa subalternidade à moeda europeia, como moeda mais forte.
- 2) A real fortaleza do euro como moeda única do espaço europeu, face à diversidade das suas economias.
- 3) Uma moeda excessiva forte no contexto da globalização, e, consequentemente a carecer de uma desvalorização.
Hipoteticamente, mas contra uma falência absoluta do euro, não nos resta mais que construir um “Real+Escudo” (uma língua única, uma moeda única) .
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terça-feira, 4 de maio de 2010
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